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Assisenses vítimas de COVID-19 que deixaram dor e saudade em familiares e amigos

Confira as homenagens que os familiares deixaram para seus entes

Redação AssisCity

  • 21/07/20
  • 11:00
  • Atualizado há 219 semanas

O início da pandemia em outros continentes também chegou em Assis, a cidade fraternal, e junto com ela muitas dores pelas perdas de 17 assisenses provocadas pelo novo Coronavírus.

Dores de pais, mães, filhos, avós, familiares, amigos e colegas de trabalho seguirão marcadas pela nova década que iniciou com isolamento social, uso de máscaras, restrição social. Muitos foram para outro plano deixando a lembrança do último abraço. Outros não tinham familiares para abraçar.

JÚLIA DUTRA PEREIRA

A marca das dores em Assis começou no dia 31 de março com a morte de Júlia Dutra Pereira, de 82 anos, que estava internada no Hospital Regional de Assis, moradora do Complexo Prudenciana e provavelmente tenha se contaminado em uma viagem a São Paulo.

AssisCity não conseguiu contato com a família para solicitar fotografia e homenagem.

CLAUDINEI PEREIRA DA SILVA

Divulgação - Claudinei Pereira da Silva, 55 anos
Claudinei Pereira da Silva, 55 anos

Depois a dor bateu na porta da família do bancário Claudinei Pereira da Silva, de 55 anos, que ainda poderia ter uma linda história pela frente. Mas, infelizmente, em 8 de abril, ele não resistiu depois de lutar muitos dias contra o novo Coronavírus internado no Hospital e Maternidade de Assis, e causou muita comoção nas redes sociais e na cidade.

Seu filho Rodrigo Pereira da Silva, faz sua homenagem ao pai que se foi. "Claudinei, Nei do Itaú ou Paizinho colocava a família sempre à frente. Filho, irmão, esposo e pai muito presente. Zelava por todos os seus, não descansava enquanto não tinha certeza de que todos estavam bem. Certamente cumpriu com maestria sua missão aqui na terra. Batalhou intensamente para ver os dois filhos formados. Nos últimos tempos, demonstrou ser um ótimo avô, era puro amor com o "denguinho do vovô". Infelizmente partiu de modo precoce, abrupto. Muitos ainda eram os planos para o futuro. A aposentadoria definitiva se avizinhava. É como diz a letra daquela velha música interpretada por Renato Russo: 'É tão estranho / Os bons morrem jovens / Assim parece ser / Quando me lembro de você / Que acabou indo embora / Cedo demais'. Fica a saudade e a certeza de um reencontro'.

SÍLVIO LUÍS DA SILVA

Em 10 de maio foi a óbito Sílvio Luís da Silva, 57 anos, também internado no Hospital Regional de Assis, que já apresentava comorbidades e foi acometido pelo novo Coronavírus.

ÁLVARO SANTOS SIMÕES

Para a família de Álvaro Santos Simões, de 88 anos, a dor também chegou de forma inesperada, no dia 6 de junho, no Hospital Regional de Assis.

AMAURI DE SOUZA e ADRIANO PITARELO

O registro da morte de Amauri de Souza, 87 anos, que estava no Hospital das Clínicas de Marília, no dia 12 de junho, e no dia seguinte, 13, a morte de Adriano Pitarelo, 48, que estava internado no Instituto do Coração em São Paulo, abriram um novo ciclo na cidade e alarmaram a população. Eles deixaram corações feridos pela forma como foram vencidos por um vírus que tem causado muitas mortes em todos os continentes.

OSMAR RODRIGUES DA CRUZ E MARIA GERMANO RODRIGUES DA CRUZ

A morte de Osmar Rodrigues da Cruz de 54 anos, conhecido como Osmar Tijolo, em 14 de junho, após ser transferido do Hospital de Campanha para o NAR do Hospital Regional, foi uma comoção geral na cidade, pois era muito conhecido e querido. A dor para essa família foi em dose dupla, pois sua mãe Maria Germano Rodrigues da Cruz, de 85 anos, faleceu em 25 de junho, na UPA, acometida pela mesma doença.

No dia 19 de junho morreu uma mulher, moradora de Assis, que o AssisCity não teve acesso ao nome e nem à idade. A informação que se tem é que foi sepultada em Maracaí.

ANDRÉ SANTANA

Divulgação - André Santana, 35 anos
André Santana, 35 anos

Igual dor teve a família de André Santana, 35 anos, agente penitenciário, que morreu na Santa Casa de Assis, em 25 de junho, deixando uma criança pequena que terá lembranças de uma pandemia que lhe tirou o convívio com o pai. Familiares e amigos se manifestaram nas redes sociais lamentando a fatalidade. Sua esposa, Suellem Cristina Andreoli Santana, faz a seguinte homenagem póstuma ao marido:

"De todas as homenagens que já fiz pra você, esta é a mais difícil da vida, a que eu nunca imaginaria ter que escrever assim, com lágrimas rolando e com tamanha dor no coração. Pela primeira vez você me deixou sem palavras, sem reação e sem ter você ao meu lado por completo. Vivemos uma história linda, e ninguém acreditava que iríamos dar certo. Muitos questionavam se nosso casamento iria durar e por fim formamos nossa FAMÍLIA. Quantas coisas vivemos, muitos altos e baixos, medos, mas você sempre sendo uma pessoa com um sorriso cativante, pensamento positivo, e vindo do nada, você com seu abraço forte, me acalmava nos momentos mais complicados. Agradeço a Deus pela oportunidade que tive de cuidar de você, de viver esses momentos lindos, da nossa filhinha que hoje é você aqui comigo, a que me dá forças para seguir em frente. Nunca imaginei que iríamos nos separar assim, com tantos planos e projetos. Mas Deus quis assim.Um rosto que estampava a verdadeira alegria de se viver. Não importava a adversidade, um sorriso sempre encerrava uma conversa. Carisma, essa era sua principal característica. Conseguia cativar todos ao seu redor, sempre sendo o 'parceirão', ajudando nas horas que mais precisávamos. Amante do futebol aos sábados; só perdia o sorriso caso não conseguisse jogar com os amigos no campo do Malagutti. Adorava comer churrasco, mas assar a carne que é bom ficava para os outros. Pessoa de carinho extremo, chegando as crianças fugirem de você para não serem apertadas, mas você sempre amou essas crianças. Buscava realizar seus sonhos, sonhos estes que em tudo estava incluso sua família, que graças a Deus teve a oportunidade de ainda esse ano, antes de todo o caos por nós vivido, viajar comigo, filha e amigos. O André, ou Mathias, ou Santana, ou qualquer outra forma de chamá-lo, deixou muito mais que saudade. Deixou um vazio como filho, como pai, como marido, como irmão, como cunhado, como 'amigo'. O futebol perdeu o zagueirão, os amigos perderam o parceirão, a família perdeu o abração, e todos perderam o mais belo sorrisão. 'Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda' - 2 Timóteo 4:7 e 8".

SURTO NO ABRIGO A IDOSOS

Para tristeza de muitos, houve um surto da doença no Abrigo a Idosos, e no dia 25 morreu João Batista da Silva, 74, e quatro dias depois, 29, morreu José da Silva Pinto, ambos estavam no Hospital de Campanha, e não tiveram a mesma sorte que outros 5 asilados que foram acometidos pelo novo Coronavírus e voltaram para o Abrigo, para felicidade dos demais amigos da entidade e para continuarem recebendo os cuidados e o amor de funcionários.

Em contato com a diretoria do Abrigo a Idosos, o AssisCity foi informado que após a morte dos internos a entidade não tem mais autorização para dar informações sobre ex-internos.

SÉRGIO SCARMAGNANI

Divulgação - Sérgio Scamargnani, 74 anos
Sérgio Scamargnani, 74 anos

Em 1º de julho, o idoso Sérgio Scarmagnani, 74, internado no Hospital Regional de Assis, também deixou saudade nos familiares e amigos. Partiu deixando a tristeza e a indignação naqueles que o amavam e dele cuidavam. A neta Laura Scarmagnani deixa uma homenagem, em nome da família, simples e verdadeira: "Nossa saudade diária, te amamos".

SEBASTIÃO PAIÃO

Já no dia 6 de julho a dor sentida foi da família e amigos de Sebastião Paião, de 66 anos.

JOSÉ DE OLIVEIRA FILHO

A família de José de Oliveira Filho, 94, falecido em 8 de julho, também sofreu a perda do patriarca que viveu quase um século e foi acometido por uma doença tão cruel, causando sua morte, sem ao menos ter um velório digno. O AssisCity não teve acesso ao contato da família.

IRACEMA BARBOSA

Divulgação - Iracema Barbosa, 59 anos
Iracema Barbosa, 59 anos

No dia 14 de julho foi a vez da família de Iracema Barbosa, de 59 anos, darem adeus à mãe, que foi acometida pela doença e não resistiu. A homenagem é das três filhas, Elisângela, Elaine e Eliane.

"Mulher virtuosa, quem a achará? Seu valor excede o de rubi. Nossa guerreira combateu o bom combate, acabou a carreira e guardou a fé. De suas 3 filhas que te amam muito!"

MARIA DE LURDES DA ROCHA

No mesmo dia, 14 de julho, a família de Maria de Lurdes da Rocha, de 60 anos, moradora na Vila Maria Isabel, teve a triste noticia de sua morte.

Dezessete mortes registradas de assisenses que comoveram a cidade, e nem foi possível realizar velórios e sepultamentos tradicionais. Para muitos desses que se foram acometidos por essa doença o último adeus vai deixar saudade.

A reportagem do AssisCity fez contato com familiares das vítimas acometidas pelo novo Coronavírus e foram divulgadas as fotos e as mensagens somente das famílias que concordaram com a divulgação.

Não foi possível o contato com a família de Júlia Dutra Pereira.

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