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Após sepultamento, família descobre que bebê foi trocado no hospital e corpo terá que ser exumado

O corpo de Maitê ainda não foi liberado para sepultamento e família quer que processo seja acelerado

Redação Assiscity

  • 25/08/21
  • 12:00
  • Atualizado há 161 semanas

Karen Laize Soares, tia da bebê Maitê Leite Soares, que faleceu no domingo, 22 de agosto, com 9 dias de vida, procurou a reportagem do AssisCity, para relatar que o corpo da criança foi trocado no Hospital Regional de Assis, onde ela estava internada desde o seu nascimento no dia 13 de agosto.

Karen relata que seu irmão João Carlos Henrique Soares e a cunhada Isadora Aparecida Leite da Silva, pais do bebê estão muito abalados com a notícia da troca do corpo da criança.

"Minha cunhada estava internada desde o começo do mês no Hospital e Maternidade de Assis, com a bolsa rompida e como menina ia nascer com 26 semanas de gestação, o hospital a transferiu no dia 13 de agosto para o Hospital Regional, onde há UTI Neonatal, Maitê nasceu no mesmo dia da transferência e ficou internada no hospital, minha cunhada e meu irmão a visitavam com frequência e nos enviavam fotos da menina", explica.

Karen conta que na tarde de domingo, 22 de agosto, ligaram do Hospital informando que Maitê havia sofrido três paradas cardíacas e havia falecido.

"Minha cunhada e meu irmão foram ao hospital, viram a bebê já sem vida e foram atrás dos preparativos para o enterro da criança, eles não quiseram fazer um velório, apenas uma breve cerimônia para que os familiares pudessem se despedir da criança; o corpo foi liberado apenas a noite pelo hospital e esta cerimônia foi realizada na noite de domingo mesmo", relata.

Karen conta que os pais da criança estavam bastante abalados e os demais familiares só haviam visto a criança por foto e notaram que ela era muito pequena, menor do que aparentava nas fotos, mas não questionaram os pais.

"O enterro da Maitê ocorreu na tarde de segunda-feira, 23 de agosto, e na terça-feira ligaram do Hospital para a minha mãe, avó da bebê, dizendo que precisavam falar com ela a respeito da Maitê e pediram se ela poderia ir até o hospital. Quando ela chegou lá disseram que havia ocorrido um engano e que os corpos de dois bebês haviam sido trocados, o da Maitê com o de um natimorto de 20 semanas de gestação, no dia 14 de agosto, e que por lei a mãe não podia identificar o bebê e nem realizar velório porque ele nasceu com menos de 500 gramas e no caso não pode ser registrado.", relata.

Karen conta ainda que o funcionário do hospital que conversou com sua mãe, disse que representantes do hospital haviam ido até o Cemitério para saber como deveria ser feita a troca dos corpos, sendo informados que tudo deveria ser documentado com o relato detalhado do ocorrido e os nomes e assinaturas dos pais das duas crianças.

"Meu irmão e minha cunhada foram ao necrotério novamente e viram a bebê, com toda a identificação; minha cunhada registrou um boletim de ocorrência com o que ocorreu, e até agora, manhã de quarta-feira, ainda não recebemos o corpo da Maitê, é um absurdo isso acontecer, é uma falta de respeito e chega a ser desumano; nossa família está muito abalada, os pais da criança estão sofrendo muito com tudo o que aconteceu e ainda precisam passar por todo este sofrimento de não terem o corpo da bebê para poder sepulta-la", lamenta.

A assessoria do Hospital Regional foi procurada pela reportagem, mas até o fechamento desta matéria, ainda não haviam se manifestado.

Atualização: Às 14h desta quarta-feira, a família entrou em contato com a reportagem informando que o corpo de Maitê foi liberado para sepultamento. "Conseguimos a liberação do corpo da neném. Ficamos tão nervosos e aliviados que já enterramos. Obrigada pela ajuda", informou a tia.

Atualização: às 8h20 do dia 26/08 para inclusão de nota da Assessoria de Imprensa do Hospital Regional - "O Hospital Regional de Assis instaurou apuração preliminar para verificação dos fatos junto à funerária responsável e profissionais da unidade e tomará as providências cabíveis, se constatadas irregularidades. A unidade lamenta o ocorrido, se solidariza com a família e está à disposição para esclarecimentos."

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