Enem 2022: Professora assisense dá dicas para você que vai fazer a redação neste domingo
Jeceli Fazioni é professora e autora do livro 'Como se dar bem na Redação do ENEM'
Toda semana o Portal AssisCity e a professora e autora do livro 'Como se dar bem na redação do ENEM', estão trazendo várias dicas, para que o aluno possa garantir uma boa nota em uma das provas mais esperadas de todo o ano.
A prova começa a ser aplicada neste domingo, 13 de novembro. E para esta última semana, você pode conferir a dica e realizar uma boa prova. Confira:
Não custa ler mais uma vez a cartilha do participante, que se encontra disponível no endereço: https://download.inep.gov.br/download/enem/cartilha_do_participante_enem_2022.pdf
Leia também o manual do participante do Enem 2022. Nesse caso, você entra com seu login:
Revise as 5 competências avaliadas na redação:
Competência 1 "Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.":
•Escrever corretamente a língua portuguesa (ortografia, pontuação, acentuação, concordância, plural, regência, paralelismo). Se errar, passe um risco sobre a palavra e a escreva novamente.
Competência 2 "Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa".
•Escrever um texto dissertativo e argumentativo;
•Escrever sobre o tema da proposta de redação;
•Citar um repertório sociocultural.
Competência 3 "selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista".
•Leia os textos de apoio;
•Faça um plano de escrita de sua redação, que selecione, relacione, organize e interprete as ideias principais sobre o tema da redação.
Competência 4 "Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação".
•Organize seu texto por meio de elementos de coesão (conjunções, advérbios, pronomes);
•Procure iniciar os parágrafos (a partir do segundo) com algum operador argumentativo que estabeleça sentido com as ideias em discussão no texto da redação (ademais, nessa perspectiva; no âmbito da discussão, destarte)
DICA: Consulte redações nota mil e veja como os parágrafos são iniciados. Aproveite para verificar como se apresentam as outras competências.
Competência 5 "Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos".
•Não se esqueça de propor uma saída para os problemas apontados na redação, relacionados ao tema, sem afrontar os direitos humanos.
Especifique:
•agente: quem vai fazer alguma coisa para melhora a situação;
•ação: o que vai ser feito;
•modo/meio: como será realizada a tal ação;
•efeito: para que essa tal ação/qual a finalidade dela;
•detalhamento: escreva uma explicação a mais, uma informação adicional ou sobre o agente, ou sobre a ação, ou sobre o modo/meio, ou sobre o efeito).
Tenha um boa noite de sono. Alimente-se bem e de maneira saudável! Descanse! Faça o seu melhor!
Muito boa sorte!!!
Sugestão de tema da redação: "Desafios para quem tem doenças raras na sociedade brasileira"
Segundo o Ministério da Saúde, as doenças raras são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas e variam não só de doença para doença, mas também de pessoa para pessoa acometida pela mesma condição. As doenças raras podem ser degenerativas ou proliferativas e a condição para essa classificação é que ela afete até 65 pessoas em cada 100.000 indivíduos, ou seja, 1,3 pessoas para cada 2.000 indivíduos. O Dia Mundial e o Dia Nacional das Doenças Raras é lembrado sempre no último dia de fevereiro. Para esclarecer as características e os desafios dessas doenças, o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Cláudio Cordovil Oliveira, que é membro do grupo internacional de pesquisadores do projeto Social Pharmaceutical Innovation (SPIN), produziu o texto Doenças raras: qual a coisa certa a fazer?
No Brasil, doenças raras são todas aquelas que acometem até 65 pessoas a cada 100 mil (1,3 pessoas a cada 2 mil), consoante definição estabelecida pela Organização Mundial de Saúde. Nos EUA, as que afetam até 200 mil pessoas. E na União Europeia, as que atingem uma pessoa a cada 2 mil. Até o momento foram catalogadas pouco mais de seis mil doenças raras. Cerca de 72% delas têm origem genética e 70% delas iniciam-se na infância. Afetam algo entre 3,5% a 5,9% da população mundial; 300 milhões em todo o mundo; 30 milhões na União Europeia; 25 milhões nos EUA e 13 milhões no Brasil. São doenças muitas vezes graves, incapacitantes e que cursam com risco de vida. Apenas 5% delas possuem tratamento medicamentoso.
Inúmeras razões as tornam um desafio global sem precedentes. Suas características tornam difícil sua abordagem pelas ferramentas convencionais de saúde pública, centradas que estão na prevenção primária. Seus fatores de risco, na maioria das vezes, são inatos ou congênitos e, portanto, inerradicáveis, em tese, por estratégias de prevenção.
Restaria sua detecção precoce através de triagem neonatal como medida de prevenção secundária. Uma medida bem intencionada, mas ainda tímida, quando estamos a falar em algo próximo a seis mil doenças existentes. Em maio deste ano, entra em vigor a Lei Nº 14.154, de 26 de maio de 2021, que aperfeiçoa o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) do SUS, por meio do estabelecimento de um rol mínimo de doenças a serem rastreadas pelo "teste do pezinho". Com a nova lei, o exame passa a englobar, de forma gradual, 14 grupos de doenças, e poderá identificar até 53 tipos diferentes de enfermidades e condições especiais de saúde. Seis mil doenças raras, aproximadamente; 53 exames de triagem neonatal. Muito ainda por fazer.
Uma portaria que cria a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, aprova diretrizes e institui fontes de custeio existe desde 2014 (Portaria MS 199/2014). No entanto, apesar dos avanços por ela trazidos, persistem desafios. Como a complicada implantação de centros de referência para seu tratamento em território nacional. Segundo o site do Ministério da Saúde, até o momento foram criados 17 destes centros, sendo que nenhum deles na Região Norte. As dimensões continentais do país tornam esse número insuficiente. Fazer com que o paciente tenha pronto acesso ao diagnóstico continua a ser um objetivo relevante e de difícil solução, bem como a terapias medicamentosas que possam impedir a progressão da doença.
https://portal.fiocruz.br/noticia/artigo-aborda-caracteristicas-e-os-desafios-das-doencas-raras