Dia do Livro: biblioteconomista e estudante de Assis falam sobre como a leitura mudou suas vidas
Os livros são capazes de contar histórias e ao mesmo tempo criar outras
Redação AssisCity
- 29/10/23
- 10:00
- Atualizado há 60 semanas
Neste domingo, 29 de outubro, é comemorado o Dia Nacional do Livro. O dia é uma homenagem a fundação da Biblioteca Nacional do Brasil que aconteceu em 29 de outubro de 1810.
A leitura é um hábito que só traz benefícios, pois ela dá asas à imaginação, desenvolve a criatividade, melhora a comunicação e também ensina. Ler um livro permite que o leitor viaje para vários lugares ao mesmo tempo, conheça diferentes assuntos, viva novas experiências e tudo isso sem precisar sair do lugar.
Um dos principais meios que inserem a leitura na vida das pessoas é a escola, e foi através dela que a Luciana Clarentiano começou a se interessar pelos livros. De frequentadora assídua da Biblioteca Municipal, ela passou a trabalhar como auxiliar de biblioteca e por gostar muito da área decidiu cursar Biblioteconomia. Hoje, Luciana é supervisora substituta da Seção de Referência na biblioteca da Unesp em Assis.
Com base em sua experiência trabalhando no meio, Luciana acredita que hoje o acesso aos livros é mais democrático, graças as bibliotecas que abrem suas portas e disponibilizam seus acervos para a população. A Unesp, por exemplo, conta com o acervo do escritor João Antônio, muito utilizado para pesquisa pelos estudantes.
Para Davi Cesar, estudante de Letras e leitor assíduo, os livros sempre tiveram um papel fundamental na sua vida. "Para mim o livro foi de suma importância, pois eu sentia como se os personagens fossem meus amigos e eu me via vivendo dentro destas histórias, construindo uma riqueza que não tem preço, que é conhecimento da leitura", disse.
O estudante conta que começou a ler muito cedo, por volta dos seis anos, com fábulas, contos de fadas e quadrinhos, gêneros que contribuem para as primeiras leituras de uma criança. Porém, um livro em especial foi um ponto de mudança para ele. "Comecei com o Pequeno Príncipe, um livro que traz uma das metáforas mais emblemáticas para mim, que é a nossa relação com as pessoas em uma sociedade, representadas pela rosa e a raposa, meus personagens favoritos", conta.
Também foi através da escola que Davi ampliou sua visão sobre a literatura brasileira e autores contemporâneos. "Comecei a ler os autores principais da nossa literatura e percebi que foi um leque se abrindo, inserindo novos autores, as vezes mais comentados, outros esquecidos", disse.
Para ele, é muito importante o apoio das políticas públicas para fomentar a leitura no Brasil, seja elas através das Bibliotecas Municipais, Estaduais ou Federais, que costumam ser os primeiros pontos de contato das obras com a sociedade em geral. "Como futuro professor penso muito na questão de como abordar a leitura na escola, já que é de suma importância levar o livro até ela, mas não só para ensinar a gramática presente na construção do texto ou questões de narrador e personagem. O livro, antes de tudo, é uma ferramenta social, que denuncia, critica, e ele é um direito de todos", conclui.