Bruno Baldi, o cirurgião plástico das mamas Fernando de Noronha e do bumbum Coração Invertido

Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto com especialização em Cirurgia Plástica, Bruno Baldi, conversou com o Portal AssisCity para falar sobre os desafios da profissão e a busca pelo padrão de beleza na sociedade.

"As mulheres estão sempre em busca pelo corpo perfeito, ainda mais no Brasil em que você já tem uma cultura de praia e carnaval. O Brasil e os Estados Unidos estão sempre alternando nas primeiras colocações como os países com o maior número de cirurgias plásticas realizadas. A estética do corpo perfeito vem mudando ao longo dos anos, antigamente você via pessoas com mamas menores, depois de um tempo mamas maiores e agora isso está se invertendo novamente. A única coisa que nunca vai mudar é o bumbum da mulher brasileira. Nos Estados Unidos há até uma cirurgia para isso, que lá eles chamam de "Bumbum Brasileiro" e aqui nós chamamos de 'Coração Invertido', podemos até falar que as mamas são Fernando de Noronha e o bumbum é o coração invertido", brinca Bruno.

Sobre os atendimentos que realiza em sua clínica, o cirurgião conta que busca sempre orientar os pacientes, mostrando para eles até onde é possível chegar através de determinados procedimentos, de modo que o paciente entenda o que será feito e visualize o resultado para ver se é satisfatório ou não para ele.

Ainda segundo Bruno, é muito importante que os profissionais sejam claros e se façam entender, pois atualmente, as redes sociais colocam em exposição procedimentos que nem sempre serão possíveis para todas as pessoas. "Eu falo que um cirurgião que não consegue se comunicar, se fazer entender, sofre muito com as redes sociais. Às vezes chega uma paciente, por exemplo, querendo afinar o nariz, mas ela tem uma pele grossa, então isso não vai acontecer, entende? A rede social é muito boa, mas o médico precisa saber se comunicar", disse.

Sobre a vida pessoal, Bruno é uma pessoa que gosta de andar sempre muito alinhado e é muito antenado com as tendências. Ele conta que desde a infância sempre gostou muito de moda, principalmente pelos ternos, que é algo que ele coleciona. O apreço pelos ternos surgiu de uma situação inusitada e especial de quando o cirurgião ainda era adolescente, no qual ele conta com muito carinho. "Quando eu tinha 19 anos, eu fazia cursinho e não tinha condições financeiras, e uma tia me chamou um dia e disse que tinha uma loja em São Paulo que vendia tecidos de ternos diferenciados, e eu fui até lá. Me lembro como se fosse ontem, eu estava com uma calça de tactel, um tênis furado e um agasalho roxo. Eu entrei na loja meio acanhado, era do interior, não tinha condições financeiras, e aí eu olhei para o vendedor e perguntei se eu podia só olhar a loja, disse que ele nem precisava me atender porque eu não tinha dinheiro para comprar, mas que gostava muito daquilo. O vendedor disse que eu podia entrar e eu fiquei 2h30 lá, ele desceu a loja inteira para me mostrar, é algo que até me arrepia. Eu fiquei fascinado com aquilo, isso foi em 1996. Em 2008 eu voltei na loja para fazer o meu terno de casamento, e no que eu entrei, eu olhei para um cara e perguntei se ele se lembrava de mim, e ele me disse que lembrava "você é o cara que não tinha dinheiro", 12 anos depois, isso até me arrepia. E isso é uma coisa que me marca muito, porque nós temos que ter sonhos e metas", conta.

Recentemente a Clínica Baldi está em novo endereço, um prédio luxuoso que fica na rotatória da Avenida Otto Ribeiro com a Sebastião Mendes de Brito.