* Kallil Dib
Da minha janela eu vejo as crianças brincando no chão de terra. E vejo os senhores passeando na praça da vida. Da minha janela eu vejo os pássaros rondando seus ninhos, e vejo o mar. O mar de amar. O medo do sossego. O céu do véu de ontem.
Acontece que quando a gente ama, vemos poemas em tudo, até no sol da chuva, e o arco-íris, até no conde da vida, lá de trás, antes de o mundo ser mundo. Da minha janela eu vejo as estrelas, até onde não tem, e invento sentimentos para alguém. Da minha janela imagino teus olhos, e sinto até o perfume das rosas do seu vestido de novela.
Acontece que quando a gente sente algo bom, a gente quer gritar, até para a rainha de Deus ouvir. E vemos vida, damos sorriso a quem não quer, amor a um coração, a composição de teus sentimentos.
Acontece que da minha janela é fácil, tudo é fácil, é tão simples viver, tudo é simples sentir. Da minha janela, essa janela que reflete em meus olhos, eu chamo a vida de meu bem, e a felicidade de meu amor.
*Kallil Dib
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