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Meu eterno Papai Noel

Kallil Dib

  • 22/12/12
  • 09:00
  • Atualizado há 629 semanas

*Kallil Dib

Eu vou ser sincero: depois que parei de acreditar em Papai Noel perdi todo o desejo de esperar o Natal e todas as outras felicidades da minha vida. Depois que perdi a sinceridade e ansiedade de criança, aguardando o bom velhinho descer pela chaminé. Depois que eu descobri que o gordo de barbas brancas que chegava à casa da minha família no dia de natal, era na verdade o meu tio, careca e nem tão gordo assim, eu não tive decepção maior em todos esses anos.

Descobri que quando o Papai Noel se vai, se vai também a nossa malícia. Começamos a entender nossas vidas, e o pior: descobrir em que mundo vivemos. E junto com minha desilusão natalina, foi embora a esperança em dias melhores, a felicidade em família, de sorrisos que se alastravam ao acordar de manhã e esperar a magia do natal acontecer.

Tudo mudou. Desde minhas sensações eucarísticas e entusiastas a essa data tão esperada, até a crença dos pequenos no Papai Noel. Pois vou aqui lembra-los, os pequenos, de como é bom acreditar na magia do natal. O Papai Noel é àquele que provoca as sensações mais absurdas de felicidade em qualquer criança com o mínimo de fantasia em seus pensamentos.

O natal, crianças, é o momento de mostrar ao mundo o teu sorriso banguela, a janelinha do dente da frente, o abraço apertado, o eu te amo sincero, o brinquedo mais esperado do ano. É assistir a desenhos carinhosos e os mesmos filmes natalinos que passam todo ano na TV, e mesmo assim se encantar com eles.

Esse dia, essa época, é hora de fazer uma listinha de tudo o que você fez durante o ano, coisas erradas e boas, e escrever ao Papai Noel, desenhando o presente perfeito. É hora de aguardar ansiosamente a chegada da família que vem de longe, da tia que traz presentes, doces, balas e alegria.

O natal é o melhor dia do ano e tem que ser assim. Isso não pode acabar. Se acabar não existe mais razão para acreditar na alegria, e nem que esse mundo um dia vai melhorar.

Como eu ainda queria escrever cartas ao Papai Noel e deixar na mesa da sala biscoitos e um copo de leite morno para ele se alimentar e voltar, nos próximos anos.

Como eu queria que as crianças não deixassem de serem crianças, e segurassem o Papai Noel em seus corações, até o último segundo de sua infância. Queria que os pequenos entendessem, que quando o Papai Noel se vai, se vai também a magia do natal e do resto de suas estações.

Que saudades que eu tenho do Papai Noel.

Kallil Dib

www.kallil.com

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