Suplente de Nilson Pavão questiona legalidade em sua volta para a Câmara
Segundo Ernesto Nóbile, há uma ação no Ministério Público de interdição de Nilson Pavão
Na tarde desta segunda-feira, 24 de agosto, após a sessão da Câmara Municipal de Assis os vereadores foram comunicados sobre a volta do vereador Nilson Pavão, que estava de licença médica. Segundo seu suplente Ernesto Nóbile, "todos foram pegos de surpresa e sua volta para a Câmara é um erro absurdo, pois há no Ministério Público uma ação de interdição de Nilson Pavão, que o impede de responder por ele mesmo e consequentemente de reassumir o cargo de vereador".
Questionado sobre a interdição de Nilson Pavão, seu advogado Rafael Almeida, se limita a dizer que "o processo de interdição está aguardando a manifestação de um irmão do Nilson que mora em Andradina. O Ministério Público e o juiz querem saber se este irmão tem interesse e condições de ficar sendo o curador dele".
O vereador Ernesto Nóbile discorda da volta de Nilson Pavão pela sua condição física e mental, e aponta outra ilegalidade, além da sua interdição, que é a origem de sua licença e alta médica. "Nilson Pavão fora diagnosticado com problemas mentais, o que o deixa inapto para exercer sua função na Câmara. Inclusive, com diagnóstico de esquizofrenia, que é uma doença incurável. Além do mais, o psiquiatra dele é da rede particular e a lei preconiza que atestado médico deve ser expedido pela rede pública, pois ninguém garante que uma pessoa não compre um atestado de um médico particular", diz Nóbile.
Além de discordar da volta de Nilson Pavão para terminar o mandato, seu suplente Ernesto Nóbile ainda considera uma injustiça ele não ter sido comunicado sobre a volta do vereador que estava afastado por licença médica.
"Eu estou indignado com o que foi feito comigo. Uma injustiça! Eu fiquei sabendo na segunda-feira, 24, que ele retornaria. Nenhum vereador estava sabendo, em nenhum momento foi levado em pauta esse assunto, apenas fomos comunicados depois da sessão de segunda, quando a presidente da Câmara Professora Dedé nos pediu para permanecer online para um comunicado importante", se indigna Ernesto.