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Será que a empresa deve ser vista como uma grande família?

Prof. Me. Thiago Hernandes

  • 30/09/22
  • 09:00
  • Atualizado há 112 semanas

É muito comum ouvir a expressão "na minha empresa o clima é de uma grande família".

Acompanhando recentes conceitos na área de Administração, acredito não ser essa a melhor definição de ambiente organizacional. O processo globalizador e o avanço das tecnologias da informação vêm há mais de 50 anos reconfigurando o mundo do trabalho.

Novas habilidades passaram a ser requeridas. Agilidade e proatividade e inovação constituem palavras de ordem.

A história do trabalhador brasileiro é marcada por lutas e conquistas. Em busca de direitos e garantias muito foi trilhado e empresas e trabalhadores estão aprendendo a caminhar juntos vencendo as adversidades.

Entretanto, paralelamente aos avanços, também é sabido que as relações interpessoais nos ambientes de trabalho ainda são marcadas por laços de dependência e de submissão.

divulgação - Professor e mestre Thiago Hernandes - Foto: Divulgação
Professor e mestre Thiago Hernandes - Foto: Divulgação

Da mesma forma é encontrado profissionais que ainda esperam ser a empresa a responsável por garantir a sua empregabilidade.

O tema de hoje tem por objetivo despertar nos profissionais e nas empresas a reflexão quanto ao papel de cada um, entre seus direitos e deveres, em prol do sucesso comum, embora distintos.

Cada agente deve cumprir com as regras estabelecidas. Não cabe a nenhuma das partes o uso da ameaça, da cultura do medo para coagir, inibir, policiar.

É, por isso que discordo com a expressão. Empresa não é uma grande família. Não é. Nunca será.

A família cumpre papel e funções totalmente diferente de uma empresa.

Na empresa, as pessoas são contratadas mediante seleção e dispensado quando a mesma julgar necessário. A relação de trabalho é contratual, com regras explícitas a serem cumpridas.

Os profissionais são contratados para dar resultado. Para isso ele recebe o contracheque mensal.

Embora empresas inteligentes saibam que somente pessoas fazem a diferença e que os recursos tecnológicos continuam coadjuvantes, criar e manter clima de respeito e confiança entre todos faz a diferença.

O profissional por sua vez, deve cumprir rigorosamente as atividades que foram atribuídas.

Ambas precisam desenvolver, aprimorar e revitalizar as práticas da boa convivência. Palavras como "dá licença, por favor, obrigada, é possível" não saíram de moda.

Sustentabilidade empresarial não é somente desenvolver ações extra muro, mas antes de tudo cultivar as relações com seu cliente interno.

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