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Monsenhor Floriano conta histórias sobre o pé de jaca centenário da Casa de Taipa em Assis

Ele lembra que o atual museu já foi de propriedade de sua família

Redação AssisCity/Foto: AssisCity

  • 19/01/19
  • 07:00
  • Atualizado há 305 semanas

O Monsenhor Floriano de Oliveira Garcez não é somente um padre católico engajado em causas sociais, mas é um verdadeiro livro itinerante da história de Assis. Suas memórias tão vivas são um rico acervo sobre a fundação e o desenvolvimento da cidade em suas mais diversas áreas.

Ao longo de seus quase 93 anos, Monsenhor guarda tantos fatos interessantes, que é impossível encontrá-lo sem se deparar com alguma história que chame atenção, como é o caso do pé de jaca plantado no quintal da antiga casa de sua família, atual sede do Museu Histórico "Casa de Taipa" - MAHA.

Em uma visita especial à equipe do AssisCity, ele contou que a árvore é centenária e recordou bons momentos.

"Essa jaqueira foi plantada há 103 anos e ela veio do Sergipe. Meu avô comprou oito quarteirões aqui, inclusive esse em que nós nos encontramos (a "Casa da Taipa"). Assis terminava ali atrás da Catedral, onde tem aquela pizzaria, e dali acabava a avenida Rui Barbosa. Tinha uma ruela chamada Da Conceição, de onde o pessoal seguia para ir até a Santa Casa e também para vir aqui onde está a jaqueira", conta.

A jaqueira é uma árvore tropical de grande porte e nativa da Índia. Trata-se de uma espécie que produz o maior fruto comestível que cresce diretamente sobre o tronco de árvore, a jaca.

Embaixo da sombra gigante da jaqueira, que ajuda a amenizar o calor, Monsenhor também relembrou a época de sua juventude, quando a família se reunia embaixo da árvore, que atualmente tem ao menos 50 frutos prontos para serem colhidos e saboreados.

Uma das memórias que fazem o sorriso do Monsenhor saltar no rosto é quando os noivos iam se casar ou as famílias iam registrar seus filhos no cartório de sua família, que funcionava onde atualmente é o museu.

"Era gozado, porque naquele tempo tinha só sete automóveis aqui, no meu tempo. As noivas vinham aqui, com seus vestidos de cauda longa, e as amigas seguravam para fazer foto. Os pais que vinham com os filhos para registrar as crianças também paravam para fazer foto e ver a jaqueira. No final do ano, nós fazíamos almoço da família aqui e eu gosto muito de jaca. Tem umas 50 jacas para serem apanhadas no pé. Sobe lá, vai jogando, que vou pegando", brincou com a repórter.

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