Filme produzido pela Oeste, de Assis, estreia no 34º Festival de Curtas Metragens
Com Rolando Boldrin, curta-metragem gravado em Sussuí, distrito de Palmital, estreia mundialmente nesta sexta-feira, dia 25
Assessoria de Comunicação
- 21/08/23
- 16:00
- Atualizado há 65 semanas
Uma obra cinematográfica que lança luz sobre as raízes e memórias do interior profundo de São Paulo está prestes a encantar os espectadores no cenário internacional. Com a estreia mundial agendada para esta semana, nos dias 25 e 26 de agosto, durante o 34º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo - Curta Kinoforum, o filme intitulado "Despovoado, ou tudo que a gente podia ser", produzido pela Oeste, que tem sede em Assis, promete levar o público a uma viagem emocionante através do tempo.
Situado no início do século XX, quando o Oeste era conhecido como "Terrenos Despovoados", o filme assume a perspectiva do Velho Oeste, interpretado por ninguém menos que Rolando Boldrin, renomado ator, músico e apresentador brasileiro, figura emblemática da cultura popular. Boldrin, reconhecido por sua participação em novelas, programas musicais e produções cinematográficas, inclusive "Doramundo", "Ele, o Boto", "O Tronco" e "O Filme da Minha Vida", traz à vida as visões de um senhor branco, filho de pistoleiro, que se reconecta com as lembranças da juventude ao som de uma música na caixinha bluetooth de sua neta.
O enredo do filme equilibra romance e tragédia, explorando os conflitos durante a colonização do interior profundo de São Paulo. A narrativa se desenrola na fictícia "Querência dos Olhos D'Água", uma vila rural que acolhia migrantes de diversas regiões do Brasil em busca de terra e trabalho. Confrontada com um mistério inexplicável, a comunidade lida com o surgimento de um barulho estranho que desafia as memórias românticas do período, revelando, assim, os episódios de violência ocultos contra os povos indígenas que habitavam o território.
O filme conta com a participação especial de Dulce Jorge Kaingang, Susilene Kaingang e Itauany Kaingang, três mulheres indígenas remanescentes da etnia Kaingang no Oeste Paulista. Essas mulheres, que atualmente residem no Território Indígena Índia Vanuíre, são responsáveis pelas atividades do Museu Worikg e trazem uma camada adicional de autenticidade à narrativa.
A direção é assinada por Guilherme Xavier Ribeiro, vencedor do Prêmio Canal Brasil no mesmo festival em 2022 com "Ainda Restarão Robôs Nas Ruas Do Interior Profundo". A produção do filme é obra conjunta de Fernanda Scudeller e Guilherme Peraro, com direção de fotografia por Guilherme Gerais e direção de arte por Beatriz Xavier.
Produzido pela cooperativa audiovisual Oeste, sediada em Assis, o curta-metragem foi filmado no distrito de Sussuí, distrito de Palmital, região do Vale do Paranapanema. O local, um antigo povoado, é conhecido por sua história marcada por uma epidemia de febre amarela nos anos 70, que resultou na perda significativa de sua população.
Com essa estreia aguardada no cenário do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, 'Despovoado, ou tudo que a gente podia ser' promete emocionar e instigar o público com sua exploração da história, memória e identidade regional.