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Cervejaria Malta retoma produção de chopp e finaliza leilão judicial com lance de R$ 31,610 milhões

Evento privado realizado na última quarta-feira, 18 de setembro, marcou o novo momento do processo de recuperação judicial da empresa que está em Assis a 68 anos

Redação AssisCity

  • 20/09/24
  • 15:00
  • Atualizado há 2 horas

Na última quarta-feira, 18 de setembro, a Cervejaria Malta celebrou a retomada da produção de chopp em um evento privado realizado em Assis, reunindo funcionários, empresários e autoridades locais, incluindo o prefeito José Fernandes. A celebração marca um novo momento para a empresa, que há meses vem passando por um processo de recuperação sob a gestão judicial da FKConsulting.PRO.

Divulgação Google Earth - Cervejaria Malta - Divulgação Google Earth
Cervejaria Malta - Divulgação Google Earth

No encontro, Alex Moraes, representante da gestora na cidade, destacou os desafios enfrentados desde o início do processo de falência continuada e a importância do apoio recebido de diversas frentes, especialmente da prefeitura de Assis. Ele ressaltou que, após um período de recuperação financeira, com a reativação gradual da produção de produtos como água e refrigerantes, a empresa volta a operar no mercado local com confiança.

"A cervejeira Malta voltou para Assis e para os clientes. Nosso objetivo é garantir a continuidade da empresa, e para isso, enfrentamos muitos desafios. Tivemos o apoio fundamental do prefeito e dos empresários da região, além da dedicação dos funcionários que acreditaram nesse projeto. Agora, a produção de chopp está retomada e estamos prontos para dar o próximo passo: vender a empresa para que o trabalho continue", afirmou o representante.

Durante um discurso, ele ainda relembrou as dificuldades iniciais, como a falta de recursos, e mencionou a venda de sucata como um meio para financiar a produção de água mineral, que se esgotou em poucas horas no mercado regional. Em seguida, a produção de refrigerantes também foi retomada, e, mais recentemente, o foco se voltou para a fabricação de chopp, que marcou a nova fase da cervejaria.

Além da comemoração pelo retorno da produção, o evento também marcou um momento decisivo na história da empresa. A 1ª Vara Cível de Assis, sob determinação do juiz Dr. Luciano Antonio De Andrade, determinou que seja dado início ao leilão judicial da Cervejaria Malta no mesmo dia, às 14h. A venda do imóvel e do parque fabril foi organizada para garantir a continuidade da empresa, com lance inicial de R$ 31.600.000,00. Horas depois, a empresa recebeu um lance no valor de R$ R$ 31.610.000,00.

Fundada pela família Schincariol, a Malta possui 68 anos de história e passa agora por uma reestruturação significativa, que inclui a transferência de propriedade. Com a produção de chopp em andamento e a empresa novamente no mercado, a gestora judicial anunciou que o próximo passo é concretizar a venda da cervejaria para que a continuidade do trabalho seja assegurada. A expectativa é que o processo de venda seja concluído nos próximos meses.

Para o prefeito José Fernandes, a reativação da produção e o leilão representam uma oportunidade para o crescimento econômico local. "Fomos céticos no início, mas hoje podemos comemorar a recuperação da Malta, que traz trabalho e oportunidades para Assis. A marca está no coração da nossa cidade, e sua retomada é motivo de orgulho para todos nós", destacou o prefeito.

A Cervejaria Malta teve sua falência decretada em agosto de 2023, após não cumprir o plano de reorganização de débitos previsto em sua recuperação judicial. Na época, a cervejaria possuía mais de R$ 200 milhões em dívidas com credores fiscais e apresentava um faturamento bruto mensal de cerca de R$ 2,1 milhões. A Justiça converteu a recuperação em falência devido à incapacidade da empresa de honrar seus compromissos financeiros.

Segundo a FKConsulting.PRO, o leilão não afetará as operações da fábrica, que continuará a produzir normalmente durante o período de venda. A gestora ainda reforçou que todo o valor arrecadado com o leilão será destinado ao pagamento dos credores, conforme o rito legal da falência.

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