Advogado que furou blitz em Cândido Mota segue internado sob escolta em Assis
Segundo apurou o Portal AssisCity, a prisão em flagrante do homem de 58 anos foi convertida em prisão preventiva
Redação AssisCity
- 04/11/24
- 15:00
- Atualizado há 1 semana
O advogado candidomotense de 58 anos detido na última sexta-feira, 1º de novembro, após desobedecer a uma blitz policial e resistir à prisão, permanece internado sob escolta policial em um hospital particular de Assis. A Delegacia Seccional de Polícia de Assis está à frente das investigações, e a prisão em flagrante do advogado foi convertida em prisão preventiva, com o objetivo de mantê-lo sob custódia até a conclusão do caso.
Segundo apuração do Portal AssisCity, a internação do advogado deve ser usada pela sua defesa com o intuito de evitar a transferência para uma penitenciária, até que um eventual pedido de habeas corpus seja analisado. Apesar das lesões decorrentes de resistência física contra os policiais militares e civis, ele não sofreu fraturas.
A ocorrência foi registrada durante a "Operação Direção Segura", realizada pela Polícia Militar em conjunto com a Polícia Civil e o Detran. Por volta das 21h30 de sexta-feira, o advogado, conduzindo uma caminhonete Amarok com dois passageiros, teria furado a barreira policial, quase atropelando um dos agentes. Um policial ficou ferido durante a ação.
Após a evasão, houve perseguição policial. O advogado chegou a parar temporariamente, mas ao ser abordado, acelerou novamente, forçando outra fuga. O delegado João Fernando Pauka Rodrigues, que participava da operação, disparou contra os pneus da Amarok na tentativa de contê-lo, mas os tiros atingiram o chão. O homem foi finalmente interceptado próximo à sua residência, onde, apresentando sinais de embriaguez e alterado, resistiu à prisão e teria ofendido os policiais com xingamentos. Ele ainda chegou a prensar dois agentes entre a caminhonete e a viatura, obrigando um policial a puxar o freio de mão do veículo para evitar ferimentos mais graves.
O advogado, que se recusou a realizar o teste do etilômetro e a fornecer amostras de sangue, foi levado ao Plantão Policial, onde, relatando mal-estar, foi encaminhado ao hospital sob escolta da Polícia Militar. Diante da situação, o seu interrogatório não foi realizado. Os policiais envolvidos passaram por exames de corpo de delito, com registros de escoriações e edemas.
A prisão preventiva foi mantida após análise da autoridade policial. As acusações incluem resistência (art. 329 do Código Penal), desacato (art. 331), embriaguez ao volante (art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro) e tentativa de homicídio (art. 121). O Portal AssisCity tentou contato com a defesa do advogado, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.