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Uma escalada perigosa

COLUNISTA - Thiago Hernandes

Por Thiago Hernandes

  • 12/04/23
  • 08:00
  • Atualizado há 84 semanas

Denomina-se violência todo e qualquer ato praticado por um indivíduo ou coletivo de pessoas cujas ações resultam em violações dos parâmetros dos direitos humanos e da integridade física e psicológica.

Nesta perspectiva, muitas são as formas, ambientes e personagens que permeiam o campo da violência. Recentemente a sociedade brasileira vem sendo alvejada por notícias ligadas à violência em ambiente escolar, que em alguns casos tem deixado vítimas fatais. Porém, é importante ressaltar que práticas de violência em ambiente escolar não são novidade, muito ao contrário, há tempo relatos de diferentes formas de exposições a violências ecoam entre os profissionais da educação.

Mas o que foi feito até então como ferramenta de enfrentamento a este fato? Pode-se dizer que muito pouco, e o que foi feito não surtiu os efeitos esperados e necessários.

Em momentos de intensa comoção, são compreensíveis comportamentos voltados a busca por querer entender o que vem causando a violência, bem como formas de enfrentamento.

Para estes dois posicionamentos digo que não há soluções e ações simples para sanar problemas complexos. Muitas são as razões para esta escalada. Desde demandas cabíveis ao seio familiar, estrutura social e relações interpessoais nas escolas, passando inclusive por questões ligadas ao comportamento e personalidade dos agressores.

Seja quais forem as razões e os agentes causadores, é importante que haja uma sinergia de ações entre sociedade e poder público para enfrentar os efeitos, mas sobretudo, as causas desta realidade tão sombria que tanto medo e preocupação vêm trazendo a todos.

Assim, o que não podemos é ficar de braços cruzados esperando que os números de vítimas aumentem. Famílias, membros dos poderes públicos, sociedade e comunidades escolares, por favor, olhem por nossas crianças, por nossos jovens, não vamos mais terceirizar a educação, a instrução, o zelo e o afeto.

Que o tempo dedicado aos jovens não seja visto como gasto, mas sim como investimento para um futuro ao menos mais promissor.

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