A reta final da Campanha Eleitoral para o pleito de 2022, com certeza não deixará saudades.
Que toda campanha é marcada por acusações e debates calorosos todos sabemos.
Ouvimos acusações de todos os lados. Cada um dizia ser a melhor escolha, ter melhor intenção.
Todos os candidatos se mostram bem intencionados, dispostos e capazes de fazerem o melhor. Tenho dúvidas.
Mas voltando a campanha, tristemente o que vimos foi enxurrada de agressões e atos de desrespeito. Verdadeira "conversa sem rumo algum", diria minha avó.
Ocuparam-se de mostrar os defeitos do outro ao invés de fazer brilhar suas propostas de mudança, de melhoria. Muito amador para meu gosto.
Acredito que boa parte do eleitorado ficou estarrecidoo, não importanto o candidato, pela total falta de elegância nos gestos e nas falas.
Mais pareceu um luta de animais famintos, desesperados, ansiosos na defesa cega de seus interesses, opiniões e pontos de vista.
Com propostas inconsistentes e inexequíveis, prometeram o inalcançável, enganando aqueles que esperam desses senhores a realização de feitos que alavanquem a sociedade em prol do bem comum.
Que a livre manifestação faz parte do Estado Democrático de Direito, todos sabem. Mas quando esse direito é exercido em prol da desconstrução, do apelo barato às fragilidades e erros que todo candidato carrega, aí entendo ver a necessidade da reflexão objetiva e racional quanto a imagem que os candidatos e suas deficientes habilidades para lidar com as adversidades e a total ausência da comunicação assertiva.
O debate promovido dia 30/09, pela Rede Globo, foi a prova do comportamento deprimente, decadente, daqueles que deveriam se impor por falas coerentes, propostas precisas.
A guerra e o embate presenciado apaga, ofusca, qualquer esperança de construção de uma nação forte, sadia, equilibrada.
Os ataques e as ofensas feitas por todos os candidatos num momento da mais alta importância democrática do país desmotiva, desesperança.
Fica difícil lidar com tudo isso. Chego a dizer que a vaidade exarcebada constituiu o grande pecado capital dos mesmos.
Porém, embora me custe, quero acreditar que passado este momento delicado, de "nervos aflorados", todos os candidatos à presidência releiam suas posturas.
Que seus coordenadores de campanha consigam fazê-los enxergar o aspecto negativos e nocivos que seus comportamentos causam.
A disputa deve ser por bons projetos.
A disputa deve abranger aspectos que promovam crescimento e bem estar.