Buscar no site

Tanatofobia: saiba como lidar com o medo da morte

Sentimento é comum, mas quando se transforma em algo paralisante e impactante, é hora de procurar ajuda de um especialista

Divulgação/Sesc

  • 19/09/22
  • 19:00
  • Atualizado há 113 semanas

Você já ouviu falar em tanatofobia? Se nunca ouviu falar, não se preocupe, pois, este nome ainda é pouco conhecido, mas provavelmente você conhece alguém que sofre desse mal. Agora vou te fazer outra pergunta: você conhece alguém que tenha medo excessivo de morrer? Se sim, então estamos falando do mesmo assunto. O termo tanatofobia é de origem grega, "thanato" que significa morte e "phobos" que está relacionado ao medo e a fobia.

Costuma-se dizer que a única certeza que temos na vida, é que um dia vamos morrer, por ser um ciclo natural que aprendemos desde a infância: nascer, crescer, reproduzir e morrer. Mas para algumas pessoas, ainda é difícil encarar a morte como parte desse processo. A psicóloga do Sesc-Senac, Sthefânia Ferreira, explica que sentir medo é normal. "O medo da morte é comum, e necessário para que a gente evite situações que nos coloquem em risco", explica.

Mas quando o medo é excessivo, deve-se procurar ajuda de um profissional. "A busca por ajuda é necessária quando a pessoa percebe que o medo está prejudicando no dia a dia. Quando ultrapassa o normal, e já começa ser uma fobia, precisa buscar ajuda especializada", orienta a psicóloga.

De maneira geral, estudos apontam que as fobias tendem a se desenvolver ainda na juventude, no ápice dos 20 anos, porém, de acordo com a psicóloga Sthefânia, não há idade específica para desenvolver a tanatofobia. A profissional explica que as causas são variadas, podem acontecer após eventos traumáticos, como a perda de um ente querido, uma preocupação intensa com o desconhecido, ou alguma situação que possa representar algum risco.

Tanatofobia na terceira idade

Como é ensinado desde a infância, de que a velhice é o último estágio da vida, alguns indivíduos temem a morte algo além do que é saudável. A psicóloga explica que normalmente o idoso tem mais contatos com outras pessoas que também já estão nessa fase da vida. "E isso, pode, sim, ser um gatilho para que se desenvolva a tanatofobia", esclarece Sthefânia.

É comum esse medo na velhice, mas se ele começa a interferir no desempenho das atividades diárias, como o medo sair de casa, medo de visitar hospitais, ou até mesmo de dormir, pode ser que já tenha se tornado algo patológico. Nesses casos, além do apoio familiar, é aconselhado procurar ajuda de um profissional.

Sintomas

Os sintomas da tanatofobia são bem parecidos com os da ansiedade. Podem ser de caráter físicos ou cognitivos. Confira alguns deles:

calafrios

sudorese

boca seca

taquicardia

falta de ar

náuseas e vômitos

tremores nas mãos

perda de sensibilidade e controle

repetição de pensamentos violentos

insônia

Tratamento

Assim como as outras fobias, a tanatofobia também tem tratamento. Então, procurar ajuda médica nos primeiros sintomas é importantíssimo. Segundo a psicóloga, o tratamento mais indicado para a tanatofobia é a psicoterapia, que é um conjunto de estratégias e técnicas psicológicas que podem ser usadas em pessoas que buscam lidar com suas emoções e sentimentos.

Também são indicados alguns tratamentos complementares, com o objetivo de diminuir o nível de ansiedade e de estresse, como:

Prática de atividades físicas

Realizar técnicas de meditação

Aprender novos métodos de respiração

Envolver em alguma atividade social

Receba nossas notícias em primeira mão!

Colunistas Blog Podcast
Ver todos os artigos