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Relatos de um "peba" - Pedal Fashion Week

COLUNISTA - Renato Piovan

Renato Piovan

  • 23/07/22
  • 12:00
  • Atualizado há 122 semanas

Uma parte fundamental do ciclismo para encararmos as adversidades de trilhas e estradas é o famigerado "combo" de roupas e equipamentos. Com a volta das provas e desafios pela região, retornam também os ciclistas que investem naquele visual caprichado, mesmo que for para aquele pedal de 5 quilômetros. A cada encontro de ciclistas que acompanhamos, podemos conferir um verdadeiro "Pedal Fashion Week".

Se eu voltasse no tempo, há uns cinco anos, teria uma síncope ao imaginar em ter que usar uma roupa de ciclismo, com aquelas camisetas apertadas, bermudas ainda mais apertadas (e com acolchoado!), luvinhas sem dedo, etc. Mas, nas voltas que o mundo dá, cá estou eu, fazendo parte dessa tribo que desfila seu estilo nas provas pelos quatro cantos da região.

O começo não foi fácil. Ao usar a famosa bermuda apertada, fazia questão de colocar um shorts por cima, pois considerava aquela vestimenta tão justa que beirava o ridículo. Com o tempo, tive que me entregar a essa que deve ser a primeira e principal peça para pedalar. Ainda não consegui digerir a ideia de usar o tal do bretelle, mesmo com muitas pessoas me falando sobre sua praticidade e conforto. Quem sabe no futuro...

Quanto à bermuda, acabei entendendo que ela tem o perfil "grudado" justamente para facilitar nossos movimentos e seu forro acolchoado serve para aliviar a pressão do nosso peso na região apoiada em cima do selim. Além de evitar as mais do que incômodas assaduras.

Em todos os desafios que participo faço questão de reservar um tempo para acompanhar o desfile de estilos e vestimentas dos ciclistas. Vamos desde as equipes uniformizadas até as pessoas que têm suas vestimentas personalizadas. Também acompanho ciclistas que estão na mesma fase de negação pela qual passei, indo para o pedal apenas com um capacete. O tempo (e o desconforto) vão vencer essa pessoa.

O ciclista tem à sua disposição uma vasta gama de peças de roupa e equipamentos que têm como função ajudá-lo a pedalar com mais conforto e segurança. Tem ciclista que demora mais para se preparar para o pedal do que a atividade física em si. Também pudera. Quando ele abre seu armário de "tralhas", são diversas opções a serem escolhidas.

Temos a bermuda ou calça de ciclismo (ou bretelles) e as camisetas de manga curta ou longa. Na falta de calças e mangas longas, temos os pernitos e manguitos. No caso de muito frio, temos a jaqueta. Para dias de vento, a jaqueta corta vento. Para pedais chuvosos, jaqueta capa de chuva.

Divulgação - Renato Piovan é jornalista, ciclista amador nas horas vagas e cronista nas horas mais vagas ainda - Foto: Divulgação
Renato Piovan é jornalista, ciclista amador nas horas vagas e cronista nas horas mais vagas ainda - Foto: Divulgação

As meias são um capítulo a parte. Além de não precisar combinar com nada do uniforme utilizado, elas estão cada vez mais estilosas e, é nelas, que podemos conhecer um pouco sobre a personalidade do(a) ciclista. São elas os itens que todo ciclista possui em maior número, seja por seu preço mais acessível (algumas marcas, é claro), seja pela grande opção de designers e ilustrações.

Também temos as luvas, óculos e as temidas sapatilhas (essas ainda terão uma coluna toda dedicada a elas). E não podemos nos esquecer que existem diferenças entre as roupas masculinas e femininas. Se há algum tempo encontrar roupas femininas para o ciclismo era uma tarefa muito complicada, hoje elas já têm a sua merecida fatia deste mercado.

E mais. Muito mais do que vestimentas, as mulheres também conquistaram seu espaço no esporte, seja em trilhas ou pelotões nas estradas. Mas isso também é assunto para uma coluna no futuro.

Então, seja qual for o seu estilo, vamos para o pedal. Pegue sua camiseta, bermuda, sapatilha, meia, luva, capacete, óculos (etc e tal) e nos vemos nas trilhas por aí.

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