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Privilégio se alimenta de direito

COLUNISTA - Poliana Possatti

Divulgação - Poliana Possatti

  • 19/05/22
  • 09:00
  • Atualizado há 131 semanas

Que atire a primeira pedra a mulher que nunca foi oprimida ao buscar o que é seu de direito. A verdade é que a luta das mulheres de obter um lugar ao sol incomoda. Experimentamos o sabor da desigualdade em todos os segmentos da vida e quando buscamos por um sistema justo e igualitário é comum nos deparamos com figuras que já alcançaram sua ascenção no topo da pirâmide social - acredite - para instruir sobre a nossa própria vida.

Que fique bem claro: a equidade não tira o direito já conquistado de ninguém. Historicamente os direitos e as vontades dos homens sempre se sobrepuseram ao das mulheres. Quando buscamos por equidade só queremos o que é nosso. Nunca se tratou de odiar os homens, segregar grupos sociais e de retirar o direito de outrem.

Ainda não causa estranhamento que embora homens e mulheres saiam de casa para trabalhar, as tarefas domésticas e a educação dos filhos ainda recaem sobre as mulheres. Ninguém se espanta que a liberdade sexual da figura masculina é estimulada, enquanto da feminina é julgada e reprimida. E que normalizamos o fato de que ganhamos 20% a menos que os homens.

Divulgação - Poliana Possati, jornalista - Foto: Divulgação
Poliana Possati, jornalista - Foto: Divulgação

Homens nós precisamos de vocês. Nos ajudem a alcançar uma sociedade mais justa e igualitária para todos. Enquanto um grupo é exclusivamente beneficiado pelo simples fato de ser do sexo masculino, nós mulheres pagamos a conta. O seu privilégio se alimenta do nosso direito.

Não confunda feminismo com femismo. O femismo prega a superioridade do gênero feminino, equivalente ao machismo. Já o feminismo não vem para substituir uma forma de dominação pela outra. Trata-se de movimento social que luta contra a violência de gênero e a reinvindicação por direitos iguais.

Mulheres, que sejamos mais empáticas uma com as outras para fortalecermos a nossa luta por uma sociedade mais justa. É rompendo o estigma da rivalidade que fortaleceremos ações coletivas e nos tornaremos protagonistas de nossas histórias.

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