Pequenas empresas também devem se atentar e adotar práticas sustentáveis, se quiserem se manter no mercado, afirmam especialistas
Colunista - Elisa Barbosa
As práticas de ESG vieram não só para as grandes empresas, mas também para as pequenas e médias, conforme afirmam especialistas. Transparência com fornecedores e consumidores, reciclagem de produtos e reaproveitamento de insumos, apoio à comunidade e preocupação com a diversidade estão dentre os tópicos que devem ser preocupação dos empreendedores.
De acordo com um estudo feito pela Universidade de Harvard, em parceria com a London Business School, de 180 empresas analisadas, as que tinham práticas ESG (metade delas) conseguiram um resultado financeiro 40% maior.
Segundo Ricardo Assumpção, CEO da Grape Global ESG, questões ambientais e sociais são determinantes para que as empresas consigam melhor linha de crédito junto aos bancos, atraiam investidores, e desenvolvam valor perante acionistas, mercado financeiro e consumidores.
É de extrema importância que todos na companhia estejam envolvidos nas práticas ESG, desde os CEOs até os funcionários, além das demais empresas com as quais se atuam. Os fornecedores, por exemplo, com quem se trabalha, também devem atuar com os mesmos princípios. "Não adianta a grande empresa falar em sustentabilidade sem olhar a cadeia em que atua, se os seus fornecedores não agem com os mesmos valores", afirma Augusto Cruz, advogado especialista em governança e políticas públicas.
Ações como a redução do consumo de água, de energia, transporte, são iniciativas que qualquer empreendedor pode realizar. No entanto, os consultores defendem que se deve optar por iniciativas que estejam alinhadas ao negócio. Uma empresa de serviço, por exemplo, teria mais avanço ao melhorar a equidade de gênero do que ao neutralizar carbono.
Há diversas formas de se tornar uma empresa que utilize, de fato, as práticas ESG. Talvez, iniciar com pequenos passos e buscar a ajuda de profissionais da área seja um bom começo.