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O papel das prefeituras no combate à fome de milhões de brasileiros

COLUNISTA - Arildo Almeida

Arildo Almeida

  • 15/06/22
  • 10:00
  • Atualizado há 127 semanas

"Ter fome é não ter o direito a uma vida digna". É com essa frase que a Action Aid (organização não governamental internacional de luta contra a fome) abre a página inicial de seu site. A frase é impactante, mas é a realidade de milhões de pessoas no mundo, incluindo o Brasil.

Você sabe quando será sua próxima refeição? Pois 33,1 milhões de brasileiros não sabem e passam fome, segundo o relatório do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, conduzido pela Rede Penssan. A pandemia agravou o cenário da fome em nosso país; em 2020, esse número era de 19,1 milhões de pessoas. Os números são surpreendentes e, ao mesmo tempo, alarmantes, pois apresentam a condição de acesso a alimentação e a insegurança alimentar da população brasileira.

O enfrentamento à pobreza e à fome é papel dos governantes, especialmente dos agentes municipais, que convivem perto dessa realidade e podem propor programas e projetos para redução das desigualdades sociais. Medidas emergenciais e assistencialistas amenizam, mas não resolvem o problema. É preciso pensar em políticas públicas para combater um dos maiores problemas do nosso país.

Em Assis, existe, desde 2017, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), implantado pelo prefeito José Fernandes, que combate duas frentes, simultaneamente: desemprego e fome. Isso porque, o programa fortalece a agricultura familiar - e, consequentemente, a manutenção da família na zona rural - e distribui os alimentos produzidos de forma gratuita para pessoas que precisam, atendendo as necessidades de segurança alimentar e nutricional das famílias.

Insegurança alimentar é resultado das escolhas políticas e econômicas de um país, de um estado e de um município. Precisamos pensar em mais políticas públicas no combate à fome, pensar que espaços públicos ociosos podem ser usados na produção de alimentos e ver as cooperativas populares como meios de diminuição da pobreza. Combater a fome é devolver a dignidade de uma pessoa.

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