Lucro e ESG: como a Unilever ampliou o primeiro se tornou exemplo do segundo
COLUNISTA - Elisa Barbosa
A Unilever é uma das maiores multinacionais de bens de consumo do mundo. De origem britânica, tem entre seus produtos alimentos, bebidas, produtos de limpeza e higiene pessoal. Você, muito provavelmente, já se utilizou de algum dos itens da Unilever ao lavar roupa, fazer um lanche, tomar banho.
Fundada em 1929, a Unilever passou, nos anos 2000, por um período de incertezas. A até então líder do mercado global de bens de consumo começou a comer poeira das concorrentes.
Em 2008, Paul Polman assumiu o cargo de CEO e, de acordo com o livro Impacto Positivo (Net Positive), escrito por ele juntamente com Andrew Winston, consultor de estratégia corporativa, uma de suas primeiras ações foi mudar a cultura da empresa. E ele o fez a partir de uma causa pessoal, a sustentabilidade. A sua ideia era transformar a Unilever em uma das empresas mais sustentáveis do mundo, o que vem ocorrendo desde 2011: a companhia aparece em primeiro lugar no ranking de sustentabilidade do GlobeScan.
A partir de então, os lucros da Unilever passaram a multiplicar ao mesmo tempo em que a preocupação com o ESG dentro da empresa cresceu. Para Paul, o engajamento social não é inimigo do lucro, pelo contrário, fica cada vem mais claro que empresas que se preocupam e lidam com os desafios da sociedade, como mudanças climáticas e desigualdades sociais, têm mais chances de prosperar e geras lucros.