"Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós..."
COLUNISTA - Thiago Hernandes
O ano de 2022 contemplará mais uma eleição para Presidente da República, Senadores, Deputados Federais, Estaduais e Distrital.
A expectativa pelos resultados já vem sendo sinalizada há meses.
São entrevistas com candidatos, cientistas políticos e profissionais de diferentes áreas, além de pesquisas de voto por agências diversas.
Ainda que a polarização entre dois candidatos à Presidência da República seja marca dessa eleição, os ânimos políticos mostram-se exaltados.
Do uso da urna eletrônica à fusão de partidos, das propostas dos candidatos às opiniões populares, tudo é motivo para polêmicas.
Na verdade, não há nada de extraordinário. Esses períodos constituem espaços para debates e "alfinetadas" entre os partidos e o eleitorado, afinal, se uma eleição decide muito da vida social e econômica de um país, todos têm uma sugestão para dar.
A reflexão de hoje é sobre o comportamento de algumas pessoas que no afã da defesa de seu ponto de vista, contrariando a liberdade de expressão do outro, partem para ofensivas extremas como foi o caso do assassinato ocorrido dias atrás, na cidade de Foz do Iguaçu/PR.
Ato lamentável, gesto irracional.
O que dizer? Todos aqueles diretamente e indiretamente envolvidos no ocorrido perderam. Familiares e amigos estarrecidos com a ferocidade da ação. Prantos, dores e vazios.
A cultura do ódio e da intolerância não pode ser aceita, tampouco alimentada. Vale ser lembrado que o espectro da violência vai muito além do ato de homicídio. Agressões verbais, ameaças, denúncias vazias, perseguições etc, englobam o rol.
No Brasil, anos de luta foram necessários para que a Democracia neste país se estabelecesse garantindo constitucionalmente direitos tais como o de liberdade de expressão. Como permitir que atos grotescos e desnecessários ameacem a paz e a dignidade das pessoas?
O episódio ocorrido em Foz do Iguaçu dispara severo sinal de alerta, de atenção. Que cenário poderemos enfrentar nesse período pré e pós eleitoral?
Acredito que caiba àqueles que têm nas mãos ferramentas e estratégias eficazes para difundir o pacto da harmonia e do respeito, usá-las nesse delicado momento.
É preciso promover a paz, o diálogo, a tolerância.
Eleição é ato livre de manifestação que não pode ser cerceado pelo medo.
É aceitar quem perde e respeitar o que ganha. É lutar em prol da fusão de interesses que contribuam para uma nação justa e próspera.
Atos de selvageria como o acima citado é sinal claro do retrocesso à barbárie, ofuscando a sedimentação de valores e a materialização de ações que promovam bem estar a todos.
Vários são os partidos. Muitos são os candidatos. O leque para escolha permite que cada um faça sua escolha pacificamente.