Iniciativas do Pacto Global da ONU no Brasil e o engajamento das empresas brasileiras
COLUNISTA - Elisa Barbosa
No dia 25 de abril, mais de 200 empresários de grandes empresas brasileiras, além de especialistas em sustentabilidade e impacto social se reuniram em São Paulo para apresentação da Rede Brasil do Pacto Global da Organização das Nações Unidas, e para o lançamento do programa "Ambição 2030".
Dentro deste programa, há o desenvolvimento de outros sete programas vinculados a gênero, salário justo, acesso à água potável e saneamento, promoção da igualdade racial, diminuição das emissões de gases poluentes, cuidado da saúde mental das pessoas e transparência nas informações.
"Nós elencamos esses sete porque, ao fazer o planejamento de 2019, analisamos a fundo a materialidade das empresas brasileiras. Diversas considerações foram levadas em conta na escolha das principais e chegamos aos sete movimentos ao selecionar não só aqueles que são temas importantes para o Brasil, mas aqueles que já tínhamos alguma atuação também e poderíamos impactar positivamente", explica em entrevista ao GLOBO, Carlo Pereira, CEO da Rede Brasil do Pacto Global.
Há grande preocupação no desenvolvimento e cumprimento destes programas, tendo em vista o Pacto Global da ONU. Em suma, e conforme já mencionado nesta coluna, lançado em 2000 pelo então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o Pacto Global é uma chamada para as empresas alinharem suas estratégias e operações aos Dez Princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção e desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade. É hoje a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil membros, entre empresas e organizações, distribuídos em 69 redes locais, que abrangem 160 países.
Dentre as iniciativas lançadas no programa estão o "Movimento Elas Lideram 2030", o "Movimento + Água", o "Movimento Salário Digno", e o "Movimento Raça é Prioridade".