Governos estaduais em todo país avançam em ações sustentáveis enquanto governo federal vive em meio a retrocessos
COLUNISTA - Elisa Barbosa
Basta uma rápida pesquisa nos meios de comunicação para checar que os governos dos estados brasileiros têm trabalhado de modo independente do governo federal no tocante à agenda ESG.
O governo do estado de SP, por exemplo, tem realizado amplo trabalho com outros países. No fim de 2021, o subsecretário do Meio Ambiente, Eduardo Trani, participou do webinar "ROADSHOW ESG CHALLENGES AND INVESTMENT OPPORTUNITIES IN THE STATE OF SAO PAULO". O encontro, organizado pela Secretaria Estadual de Relações Internacionais, tratou sobre os principais desafios na área do meio ambiente e as oportunidades de investimento no setor por meio de parcerias internacionais.
De acordo com o subsecretário, as diretrizes do ESG podem ter impactos financeiros diretos: "Mais do que lucratividade, os critérios ambientais, sociais e de governança impactam também a reputação dos negócios. Em São Paulo, nós entendemos estes desafios e estamos elaborando um roteiro que auxilie nas estratégias de investimentos a longo prazo", explicou.
Em dezembro de 2021, o governo do Paraná reuniu-se com empresas privadas e demais órgãos do governo do estado para criação de uma metodologia de trabalho com boas práticas de ESG. A agenda, lançada em outubro, tem o objetivo de avançar em discussões estratégicas que possam implementar projetos com impacto socioambiental positivo através de parcerias coordenadas entre as instituições.
Diferentemente do governo estadual, que ignora as questões ESG - questões estas que são tendência de preocupação e ação mundial - tendo, inclusive, afrouxado fiscalização e agido contra a agenda, os estados têm trabalhado para se engajarem e discutirem as ações, que são essenciais para um futuro melhor.