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Fratura de pênis existe e pode levar a problemas de ereção

  • 10/01/23
  • 16:00
  • Atualizado há 97 semanas

*Dr. Marco Lipay

A fratura do pênis é um evento raro, mas pode ocorrer se houver um trauma no pênis ereto. O número exato de homens que tiveram um pênis fraturado é desconhecido, mas estima-se que ocorra 1 caso a cada 10.000 homens.

O corpo cavernoso é uma estrutura interna do pênis revestida por uma membrana chamada albugínea e, quando preenchido por sangue, resulta na ereção do pênis.

O pênis não tem osso e o termo fratura é a expressão que define a ruptura da albugínea e extravasamento de sangue do corpo cavernoso para outros locais do pênis e periferia.

O trauma é mais frequentemente causado por relações sexuais vigorosas, como quando o pênis sai da vagina e é acidentalmente empurrado contra a pelve (bacia). Mas uma fratura do pênis também pode ocorrer devido à masturbação agressiva ou em algumas modalidades de práticas culturais.

Uma fratura do pênis geralmente resulta em um pênis que incha imediatamente e aparece uma tonalidade roxa na pele, lembrando uma berinjela.

Os sinais e sintomas de uma fratura peniana, que podem ser observados, incluem:

Dor súbita no pênis;

Som como um "estalo";

Perda rápida de ereção;

Inchaço no eixo peniano;

Hematoma (sangue sob a pele do pênis/púbis/escroto);

Urinar sangue.

A fratura do pênis é uma urgência médica e necessita de atenção urológica imediata.

A lesão geralmente é diagnosticada com um exame físico e ultrassom, além da história clínica.

O tratamento cirúrgico é recomendado na grande maioria dos casos. Se não for tratada, a fratura do pênis pode resultar em um pênis curvo ou na incapacidade permanente de obter ou manter uma ereção firme o suficiente para o sexo (disfunção erétil), entre outras sequelas.

Após a confirmação diagnóstica e tratamento, as atividades sexuais estão suspensas por pelo menos oito semanas e, mesmo após o tratamento cirúrgico da fratura, a forma do seu pênis e/ou a qualidade de suas ereções podem não ser mais as mesmas. Essas complicações podem ser tratadas e devem ser discutidas com o seu urologista.

*Dr. Marco Aurélio Lipay é Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, Membro Correspondente da Associação Americana e Latino Americano de Urologia e Autor do Livro "Genética Oncológica Aplicada à Urologia".

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