Como o risco climático afeta a política monetária dos bancos centrais
Colunista - Elisa Barbosa
Nos dias 03 e 04 de agosto aconteceu em São Paulo a Expert XP 2022, feira de investimentos que discutiu, dentre outros assuntos, empreendedorismo, tecnologia, ESG e inovação.
Durante painel nesta quinta-feira (4), o chefe de gabinete do Diretor de Regulação do Banco Central (BC), Ricardo Harris, que afirmou que as mudanças climáticas afetam a política monetária dos bancos centrais ao redor do mundo. Isso porque, conforme afirma Harris, "O risco climático afeta uma das discussões primárias dos BCs: a gestão da política monetária. Basta ver, ano passado, por exemplo, tivemos uma seca mais prolongada e isso teve efeito no preço de alimentos e energia".
O NGFS (Network for Greening the Financial System) - rede de 114 bancos centrais e supervisores financeiros que visa acelerar a expansão das finanças verdes - é o principal fórum de discussão, produção de conhecimento e orientações para que os BCs desenvolvam estratégias de como tratar a questão do risco climático.
"O grupo tem produzido, nos últimos anos, uma série de guias e relatórios para auxiliar os BCs para lidar com questões relacionadas às mudanças climáticas, na supervisão… em como a supervisão pode atuar sobre seus regulados, em como os BCs podem incorporar aspectos do ESG na seleção dos ativos que compões as reservas internacionais", afirmou.
O diretor do BC lembrou, por exemplo, da seca que o Brasil enfrentou em 2021, destacando os impactos nas decisões da instituição.