Com os pés sujos de lama
COLUNISTA - Magali Nascimento
Você se lembra como costumava sujar seus pés?
Esta semana resolvi escrever algo diferente mas, é claro, relacionado com os pés.
E, com minhas pesquisas pela rede, me deparei com uma resenha do livro "com os Pés Sujos de Lama", da editora Ana Rapha Nunes
O personagem da história, o pequeno André, gostava muito de passar as férias na casa de sua avó Efigênia. Era um tempo bem divertido, exceto quando ele tinha que voltar para casa, na cidade grande, onde o tempo escorria pelas mãos e seus pais estavam sempre ocupados com as tarefas do mundo.
Segundo a autora, Ana Rapha Nunes, "o livro traz a ideia de que não devemos nos desligar da criança que fomos e que trazemos dentro de nós"
"Com os pés sujos de lama", traz a importância que atribui aos vínculos construídos na infância, seja com a mãe, o pai, a avó, um amigo, enfim, relacionamentos que cada vez mais vão se tornando distantes em nosso tempo de pressa, muito trabalho e contatos virtuais.
"Muitas vezes, no entanto, podemos resgatar esses laços através de uma brincadeira, de uma longa conversa, de um passeio em que ficamos com os pés sujos de lama…", reflete a autora.
Como temos aproveitado nossa vida? Será que o tempo tem passado tão rápido, que não nos damos conta de sujar os pés de lama, de viver memórias especiais, ou situações novas e diferentes?
Já dizia o poeta: "vamos nos permitir".
Sempre teremos a oportunidade de limpar os pés. Assim devemos aproveitar para sujá-los de lama, sempre que possível.
Não se preocupar demais com o amanhã, isto se chama ansiedade.
Nem se lamentar pelo que aconteceu ontem, isto pode causar depressão.
Aproveite cada momento. Vai ser o bastante.
Suje seus pés de lama. Divirta-se com quem você ama, assuma suas responsabilidades.
Viva.
Tudo isso faz bem para a alma.
Beijo!
Coluna e homenagem à minha querida mãe Antonia, que nos deixou no último dia 20. Saudades.