Cirurgia plástica e o uso de próteses de silicone
COLUNISTA - Ricardo Estefani
Nas últimas décadas, muito se tem falado sobre o uso dos implantes mamários para o aumento das mamas. O Brasil é um dos principais países do mundo onde se implantam próteses de silicone. É importante citar ao leitor que o intuito da prótese de silicone é exclusivamente o aumento mamário. Engana-se quem acha que a prótese trata a queda (ptose) mamária ou mascara imperfeições da mama.
Nessa toada, caso haja uma queda ou imperfeição da mama, outros tipos de cirurgias devem serem feitas, tais como a mastopexia ("elevar as mamas") ou mastoplastia redutora ("retirar tecido e elevar a mama"). Há uma controvérsia importante em se retirar glândula mamária para substituir por uma prótese de silicone. Deixamos, geralmente, estes casos para pacientes que tenham risco real de câncer de mama, através do estudo genético. Dessa forma, preferencialmente utilizamos os tecidos gordurosos e glandulares do paciente para a cirurgia da mama, reservando as próteses, como já descrito no início do texto, para os casos em que se precise aumentar as mamas (mastoplastia de aumento).
Falando em aumentar as mamas, os implantes hoje comercializados são seguros e vigiados pela ANVISA. Não há evidência científica para quem as possua, para a retirada (explante mamário) com a alegação de que o silicone tem relação com tumores. Tampouco os casos descritos de síndrome Ásia (uma doença auto-imune ligado a qualquer tipo de implante, inclusive o mamário) são critérios para a sua retirada.
Há sim, critérios. Existem diversos tipos e marcas do implante mamário. Pouco importa ao cirurgião plástico a descrição do seu tamanho. Caso uma paciente diga que gostaria de uma prótese de 300 ml por exemplo, é como dizer que gostaria de comprar um "carro azul". Não se sabe o tipo, características, presença ou não de chip de identificação, base, formato ou altura do implante por exemplos. Portanto, não podemos nos iludir em tipificar os implantes para todos os pacientes. Os corpos são únicos, e a cada um se reserva um determinado tipo de prótese mamária.
De grosso modo, variam as incisões (cortes) nas mamas onde se incluem as próteses (pela aréola, axila, umbigo ou no sulco da mama) e o sitio (local) onde ficarão os implantes (abaixo ou acima do músculo). Também para cada corpo, se destina uma determinada técnica visando o melhor resultado possível.
Os mesmos princípios se destinam as próteses de glúteo. Há também formatos específicos, tamanhos e características do implante que são únicos a cada corpo.
Portanto, futuro paciente. Tenha calma, escolha um cirurgião plástico habilitado e confie em sua avaliação. Não acredite que a cirurgia de implante de silicone é como a escolha de uma roupa em um catálogo. Seguindo estes princípios são altas as chances de satisfação com a sua cirurgia.
Serviço:
Dr. Ricardo Estefani
Consultório: Instituto Demian, Rua: Dra. Ana Barbosa, 1086
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