A Conferência dos Oceanos e a nossa falta de consciência
COLUNISTA - Elisa Barbosa
No dia 28 de junho deu-se início à Conferência dos Oceanos, realizada pela ONU. Infelizmente, as notícias não são boas: os oceanos estão em perigo. E isso impacta diretamente o PIB global, além obviamente, do meio ambiente, já que os oceanos funcionam como "amortecedores" contra as alterações climáticas, absorvendo por volta de 25% das emissões de dióxido de carbono.
Segundo António Guterres, secretário-geral da ONU, estamos enfrentando uma "Emergência nos Oceanos", tendo em vista toda a poluição gerada por nós e despejada nestes locais.
Além disso, de acordo com a pesquisa "Oceano sem Mistérios: A relação dos brasileiros com o mar", da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza em parceria com a UNESCO e a UNIFESP, 40% dos brasileiros acreditam que suas atitudes não impactam em nada os mares.
De acordo com Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, conhecer melhor essa realidade é fundamental para desenvolver políticas públicas e estratégias de comunicação e engajamento mais eficientes para sensibilizar a sociedade e promover mudanças.
"Esse resultado destaca o desafio de desenvolver uma cultura oceânica que engaje e demonstre como isso pode ser feito, reforçando como este ambiente influencia e é influenciado pelas ações da sociedade. Tudo e todos estão interligados em busca de um oceano limpo, saudável, sustentável e resiliente", afirma Fábio Eon, coordenador de Ciências da UNESCO Brasil.
Algumas das formas de preservar os oceanos é consumir produtos cujas embalagens sejam recicláveis, evitar o uso de canudos e copos plásticos e fazer uso de sacolas reutilizáveis nas compras de supermercados.