Família alega falta de socorro e negligência em 1ª morte por Dengue registrada em Tarumã
Família de Ederson Rodrigues Pinheiro, de 38 anos, acredita que empresa demorou para oferecer atendimento médico e questiona as condições de trabalho no local; Morte foi registrada no dia 17 de março e diagnóstico de dengue confirmado em 11 de abril
Redação AssisCity
- 19/04/24
- 10:00
- Atualizado há 31 semanas
A família do homem de 38 anos que morreu no dia 17 de março em Tarumã e que teve a morte confirmada como dengue no último dia 11 de abril está contestando as condições que o levou a morte. Isto porque, segundo a família, o homem passou mal após sofrer convulsões e desmaiar enquanto trabalhava no corte de cana de uma usina da cidade. A vítima, identificada como Ederson Rodrigues Pinheiro, era funcionário da empresa MR Marques Serviços e Transportes, terceirizada da usina.
Após o desmaio e as convulsões, os colegas de trabalho de Ederson demoraram mais de uma hora para conseguirem levá-lo até a unidade de saúde mais próxima. A vítima chegou ao local desacordada e com febre alta superior a 40 graus.
A família questiona a falta de socorro imediato e a demora no atendimento médico. Segundo Gisele Pereira Lopes, esposa da vítima, a empresa MR Marques Serviços e Transportes não acionou ambulância e não prestou os primeiros socorros à vítima.
Somente no dia 11 de abril, após a análise de exames pelo Instituto Adolfo Lutz, a morte de Ederson Pinheiro foi confirmada como dengue hemorrágica. O caso dele foi a primeira morte por dengue registrada em Tarumã em 2024.
Exames realizados ainda no Hospital Regional de Assis, onde ficou internado, confirmaram que a vítima estava com dengue hemorrágica e choque hipovolêmico, provavelmente agravado pela desidratação. De acordo com o que foi apurado pela reportagem, não há evidências que comprovem que Ederson tinha conhecimento de que estava com dengue.
O Portal AssisCity tentou contato com a empresa MR Marques Serviços e Transportes, mas até o momento não obteve resposta. A usina para a qual Ederson estava prestando serviços no momento lamentou o ocorrido, mas informou que não se pronunciará sobre o assunto, visto que o trabalhador era terceirizado.
A família está buscando justiça e cobrando responsabilidades pela morte do trabalhador. Os advogados da esposa orientaram a registrar uma ocorrência na delegacia civil de Tarumã e a entrar com ação judicial contra as empresas.
Ederson Rodrigues e sua esposa moravam em Tarumã há 18 anos. Ele deixa esposa e um filho de 6 anos.