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Policia Militar emite nota após morte de jovem durante ocorrência de fuga

Eduardo já era conhecido nos meios policiais

Redação AssisCity

  • 29/05/24
  • 17:00
  • Atualizado há 14 semanas

Nesta quarta-feira, 29 de maio, dois dias após a morte de Eduardo da Silva Firmino, de 22 anos, durante uma ocorrência policial o 32º Batalhão de Polícia Militar enviou uma nota sobre o fato ao Portal AssisCity. No documento, a Policia Militar afirma que ao todo, seis tiros foram disparados pelos policiais durante a ocorrência, mas não deixa claro quantos deles acertaram o jovem, porém como já adiantado pelo Portal AssisCity, pelo menos um tiro acertou o abdômen. Um inquérito policial militar (IPM) também foi instaurado para apurar o fato.

Na nota, a PM dá sua versão sobre o que aconteceu quando Eduardo de moto com mais um garupa, viu os policiais no bairro Maria Isabel e fugiu para a mata. "O acompanhamento a pé se deu por aproximadamente 500 metros de pasto, adentrando uma área fechada de mata, momento em que o motorista da equipe alcançou o indivíduo em meio a trilhas de mata densa e houve uma luta corporal com este, que em dado momento tentou arrebatar o armamento do policial, ao tempo em que possivelmente sacava o revólver que estava consigo, diante da situação o militar efetuou três disparos com seu armamento. Em ato quase que imediato, o encarregado da equipe chegou no local do entrevero e, ao visualizar a arma de fogo já na mão do indivíduo, ainda em posição de luta próximo ao solo, e com gesto característico de início de pontaria, também realizou três disparos com sua arma de fogo, vindo a desarmar imediatamente o indivíduo e verificando que a arma se tratava de um revolver marca Rossi cal.22" explica na nota. Eduardo morreu no local.

Divulgação - Em nota enviada ao Portal AssisCity, o 32º Batalhão de Polícia Militar informa que um Inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar o caso - Foto: Divulgação
Em nota enviada ao Portal AssisCity, o 32º Batalhão de Polícia Militar informa que um Inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar o caso - Foto: Divulgação

Familiares protestam nas redes sociais

Apesar de Eduardo já ter várias passagens policiais e prisões por furto, logo após a notícia de sua morte ser confirmada, familiares e amigos próximos publicaram suas indignações nas redes sociais. Em comentários, os familiares refutam a informação de que o jovem estava armado e afirmam que ele não tinha revólver. "Agora vão falar o que quiser porque ele não está aqui para se defender. Deixaram uma criança de quatro anos sem pai, ele nunca saiu na mão com ninguém, sempre um bom filho. Hoje em dia ninguém usa um 22, meu sobrinho nunca pegou em arma", disse um familiar.

Reprodução/Redes Sociais - Eduardo da Silva Firmino tinha 22 anos e era conhecido nos meios policiais - Foto: Reprodução/Redes Sociais
Eduardo da Silva Firmino tinha 22 anos e era conhecido nos meios policiais - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Parentes de João Marcelo Novaes, que morreu em março, também em ação envolvendo a Polícia Militar, deixaram mensagens de apoio a família e criticaram a ação dos policiais. "Infelizmente hoje não acredito mais em certas versões, quem morreu não está aqui para contar. Depois que mataram meu sobrinho sem defesa nenhuma de tanto bater, estou desacreditada", disse uma tia de João Marcelo.

Polícia Civil

A Polícia Civil não disponibilizou o boletim de ocorrência para a imprensa, porém também enviou nota do dia seguinte ao ocorrido e afirmou " que se encarregará da investigação e como praxe em casos de mortes violentas, instaurará inquérito policial para total esclarecimento dos fatos e identificação do segundo suspeito, sendo que foram apreendidos a mota envolvida, a arma de fogo supostamente portada pelo suspeito falecido e as armas de fogo utilizadas pelos policiais militares, que serão submetidas a perícia. O local do ocorrido foi igualmente periciado pelo Instituto de Criminalística.

Portal AssisCity - A mata localizada no Vila Bela 3, para onde Eduardo teria fugido, sendo acompanhado pelos policiais - Foto: Portal AssisCity
A mata localizada no Vila Bela 3, para onde Eduardo teria fugido, sendo acompanhado pelos policiais - Foto: Portal AssisCity

Confira a nota da Polícia Militar na integra:

"O Trigésimo Segundo Batalhão de Polícia Militar do Interior, sediado em Assis e responsável pelo policiamento ostensivo preventivo nos treze municípios de nossa região, informa que no dia 27 de maio de 2024, por volta das 10:30h, uma equipe policial-militar realizava patrulhamento pelo Bairro Maria Izabel, momento em que observaram uma motocicleta Honda CG Titan 150 KS, com dois ocupantes, que ao observarem a presença da equipe empreenderam fuga, fato este que motivou os Policiais Militares a emitirem ordem de parada, entretanto, o condutor não acatou a ordem legal emanada.

Durante o acompanhamento, o passageiro pulou da motocicleta e se evadiu pelas proximidades da rua Capitão Altino, o motorista continuou a se evadir por diversas ruas, quando, próximo ao bairro Vila Bela 3, abandonou o veículo e iniciou a fuga a pé, sentido a área de mata.

O acompanhamento a pé se deu por aproximadamente 500 metros de pasto, adentrando uma área fechada de mata, momento em que o motorista da equipe alcançou o indivíduo em meio a trilhas de mata densa e houve uma luta corporal com este, que em dado momento tentou arrebatar o armamento do policial, ao tempo em que possivelmente sacava o revólver que estava consigo, diante da situação o militar efetuou três disparos com seu armamento. Em ato quase que imediato, o encarregado da equipe chegou no local do entrevero e, ao visualizar a arma de fogo já na mão do indivíduo, ainda em posição de luta próximo ao solo, e com gesto característico de início de pontaria, também realizou três disparos com sua arma de fogo, vindo a desarmar imediatamente o indivíduo e verificando que a arma se tratava de um revolver marca Rossi cal.22. Em razão dos ferimentos sofridos foi solicitado socorro ao indivíduo, porém foi constatado pela equipe do SAMU o óbito no local.

A Polícia Militar do Estado de São Paulo sempre atua de forma a preservar vidas. Todas as ações estão sendo apuradas, a fim de que os fatos sejam elucidados", diz o documento.

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