Penitenciária de Assis passará a funcionar 100% em regime semiaberto

Nos próximos dias, a Penitenciária de Assis passará a funcionar em regime 100% semiaberto. A unidade prisional, que atualmente abriga cerca de 1.000 detentos, receberá apenas presos que cumprem pena neste regime. A readequação deve ser completada até o início de 2024, conforme apurou o Portal AssisCity.

A mudança foi solicitada à administração da Penitenciária de Assis pela Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo (SAP), que levou em consideração o número de unidades prisionais especializadas em regime semiaberto no estado que, atualmente, é insuficiente para atender à demanda.

O Portal AssisCity procurou a direção da Penitenciária de Assis, que não quis comentar a mudança, mas informou que os detentos do regime fechado que estão alocados na unidade começaram a ser transferidos para outras unidades do estado. A partir de então, apenas presos do regime semiaberto serão admitidos em Assis.

Os questionamentos também foram enviados à assessoria de imprensa da SAP, mas até a publicação desta matéria as respostas não haviam sido enviadas à nossa reportagem.

Um dos questionamentos é sobre a penitenciária de Assis ter passado recentemente por uma grande reestruturação de segurança com automatização de vários setores visando o regime fechado e em pouco tempo depois das reformas, ela ser escolhida para se tornar uma penitenciária de referência para o semiaberto.

Para que o preso possa gozar do benefício do semiaberto, ele precisa ter um trabalho ou frequentar cursos fora da unidade prisional durante o dia, retornando à noite para dormir. O Portal AssisCity também questionou a Secretaria de Segurança Pública se há estudos em Assis e região para que essa mão de obra seja absorvida pelo mercado de trabalho e qual impacto isso pode ter.

Em Assis, há um extenso trabalho da Prefeitura Municipal em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente para auxiliar na reintegração dos detentos deste regime na limpeza da cidade e também em projetos educacionais e profissionalizantes, que fazem a intermediação entre os presos e o mercado de trabalho. Com a chegada dos novos detentos, cidades da região poderão seguir o modelo assisense e atuar como mediadora de reinserção social em seus municípios.