Assisenses relatam experiências como mesários em eleições
Eles já estão se preparando para o segundo turno
Os mesários de Assis e de todo Brasil estão se preparando para o segundo turno das eleições do dia 30 de outubro para presidente da República e governadores de alguns estados brasileiros.
Todo ano, o Tribunal Superior Eleitoral disponibiliza um material de reforço para os escalados para trabalhar nas eleições.
O mesário é encarregado de abrir e organizar os materiais de votação, incluindo a urna eletrônica lacrada, além de emitir um relatório comprovando que nenhum candidato foi votado no aparelho até então. A mesa é composta por dois mesários, um presidente e um secretário.
O Portal AssisCity fez contato com alguns mesários, entre eles Kathya da Silva Moura, mesária em Assis há 14 anos, que define seu papel: "zelar pelo ambiente eleitoral, controlar a movimentação dos eleitores na seção e orientá-los" .
A assisense Kathya, de 32 anos, é analista financeira e este ano atuou como presidente da seção e avalia sua participação como algo muito positivo.
Aos 18 anos, na época em que fazia faculdade, iniciou como mesária para horas complementares no curso e assim que se formou continuou sendo convocada e participando das eleições. "Escolhi continuar, não por obrigação, mas por gosto. É um trabalho puxado e cansativo, porém é muito gratificante poder ajudar outras pessoas e fazer parte desse momento tão importante para o Brasil", afirma.
O professor assisense Carlos Rogério dos Santos Coca, de 47 anos, também atua como mesário há 12 anos na cidade. Ele acredita ser um processo bem tranquilo e democrático: "observamos de acordo com todas as orientações do TJE, a fim de garantir maior lisura no processo" .
Carlos fala sobre a modernização e os avanços tecnológicos que vem acompanhando ao longo do tempo. "Acompanhei as votações por cédulas enquanto eleitor e enquanto mesário acompanho a modernização das urnas eletrônicas", comenta.
Segundo ele, "o processo de eleição nos valoriza enquanto cidadão, pois nos coloca a serviço do outro por um bem social comum. Em minha seção trabalhamos em espírito de cooperação. Auxiliar os eleitores no processo é gratificante, pois todos nós passamos pela aprendizagem das novas tecnologias".
Biometria
Antes, o procedimento de identificação do eleitorado dependia inteiramente da intervenção humana. As mesárias e mesários recebiam os documentos da pessoa que fosse votar e realizava o procedimento para liberar a votação.
Para tornar o processo eleitoral mais seguro e evitar que uma pessoa votasse no lugar da outra, a Justiça Eleitoral deu início ao projeto de identificação biométrica do eleitorado. Segundo o site da Justiça Eleitoral, espera-se que quase a totalidade dos eleitores esteja apta a votar com identificação biométrica até as eleições de 2026.
Esse foi o primeiro ano com o uso da biometria em Assis e com a novidade, segundo Kathya, a demanda foi maior: "esse ano, por ter sido o primeiro com biometria, foi mais difícil, saímos bem tarde. Problemas nas digitais atrasaram o processo, mas no fim deu tudo certo".
Para o segundo turno, dia 30 de outubro, os mesários já passaram por mais um curso e Kathya acredita que será mais tranquilo. "Estou bem ansiosa. No primeiro turno, apesar do atraso com a biometria, não tivemos nenhuma manifestação, boca de urna. E para o segundo turno estou com essa mesma expectativa. É muito gostoso e prazeroso ser mesária", afirma.
Para Carlos, participar do processo eleitoral "é exercer ao mesmo tempo a democracia e responsabilidade para que todos os eleitores se manifestem através do voto".