Dentista Tiago Nogueira esclarece dúvidas sobre a influência da diabetes na odontologia
A doença também pode afetar casos de implantodontia
O dentista e mestre Tiago Nogueira está sempre buscando a eficiência máxima nos tratamentos oferecidos a seus pacientes. O profissional conquistou recentemente o título de Mestre em Implante, pela Universidade São Leopoldo Mandic, além de ter feito diversos cursos de especialização em áreas como implantes e enxertos ósseos, tratamento de canal, entre outras.
O dentista faz questão de explicar todo o tratamento, seja qual for, para dar aos pacientes as informações de maneira clara e assim conseguir excelência no seu trabalho. Pensando nisso, Nogueira desenvolveu um artigo para esclarecer qual é a influência da diabetes nas áreas de odontologia e implantodontia. Confira:
A influência da diabetes na Implantodontia e na Odontologia
A osseointegração é a junção entre o osso e a superfície de um implante, promovendo formação óssea e sem criar tecido fibroso entre os mesmos. O tratamento com implantes osseointegrados proporciona ao paciente, além de um alto nível de satisfação, a recuperação das funções do sistema mastigatório, bem como a sua estética.
Alguns valores são recomendados para pacientes com Diabetes Mellitus, objetivando o sucesso da terapia com implantes: níveis de HbA1C (hemoglobina glicada) menores que 7%, glicose sanguínea antes de ingestão de alimentos entre 90-130mg/dL e após alimentação picos de 180 mg/dL. Terapia antibiótica diminui os índices de falhas na osseointegração, prevenindo a infecção durante e após a cirurgia. Complementando essa terapia com antibióticos, são prescritos bochechos com clorexidina 0,12%. Procedimentos estes realizados com muito rigor na clínica do Dr. Me. Tiago Nogueira e Equipe.
Os quadros inflamatórios que podem ocorrer em um paciente são a mucosite, ou um quadro mais severo, que é a periimplantite. A mucosite tem como características clínicas a presença de biofilme e bactérias na superfície do implante, o que ocasiona um inchaço gengival, presença de pús e radiograficamente não apresenta aspectos de perda de osso.
O acúmulo de placa faz com que aumente a quantidade de células inflamatórias nessa área, a partir disso irá ocorrer ulceração e a perda da aderência das células epiteliais na área, causando o rompimento do selamento do tecido periimplantar. A periimplantite é uma lesão inflamatória da gengiva localizada ao redor do implante, ocorrendo concomitantemente uma perda de osso progressiva que excede os limites aceitáveis de perda após o processo de osseointegração. Caracteriza-se clinicamente pela presença de pús, sangramento, profundidade de sondagem aumentada e inchaço, e com uma imagem radiográfica de perda óssea e a sua evolução pode levar a perda do implante.
O tratamento reabilitador utilizando implantes osseointegrados vem crescendo nos últimos anos e concomitantemente a Diabetes Mellitus vem tomando proporções alarmantes no mundo inteiro, chegando a afetar cerca de 350 milhões de pessoas a nível mundial.
Podemos concluir que a Diabetes Mellitus pode influenciar a cicatrização óssea, a atividade inflamatória, imunológica e, consequentemente, o processo de osseointegração, podendo comprometer a taxa de sucesso e a sobrevida dos implantes. Porém, a estabilidade do controle glicêmico é o ponto crucial para um melhor prognóstico do tratamento. Sendo assim, o paciente diabético, desde que esteja com os níveis glicêmicos controlados, pode ser submetido a tratamento com implantes osseointegrados.
Referências
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