Aqueles que tiveram inteligência privilegiada. Ousaram contestar ditadores no decorrer da história. Por isso, foram presos, torturados e mortos.
Mas as ideias nunca morrem. Elas continuam influindo aqueles que desejam insubordinar-se, sair da monotonia da vida, criticar aqueles que continuam a tomar o poder. Não precisa ser um grande poder não. Qualquer carguinho de chefete, preboste, é suficiente para achar-se dono da cocada preta. Então daí vamos para cargos mais importantes. São aqueles do poder executivo, congresso nacional e judiciário.
Infelizmente essa doença mental crônica não desaparece.
Sempre estamos expostos a isso. É de arrepiar os cabelos
Relatos sobre a história de um deles.
Antônio Gramsci
Livro de relevância: A Concepção Dialética da história
Observações de Luís Mário Gazzano.
Disse que Gramsci nos seus relatos de cárcere, somente vindos à público em 1948, demonstrou a importância do livre curso das ideias.
Foi um homem de ação, político prático e intelectual.
Suas ideias aparecem em funções de emanação libertadora dos homens concertos, reais.
Eis o problema, ele ousou enfrentar o ditador que impôs o fascismo na Itália (1925-1943).
Quem foi Gramsci:
Foi um dos vultos mais ilustres do movimento socialista italiano e morreu como mártir na luta contra o fascismo.
Nascido na Sardenha, em 1891, filho de camponeses pobres , foi para Turim em 1911. Passou a fazer parte da luta dos camponeses italianos.
Com eles teve um vínculo político, pessoal e existencial.
Em 1915 já dirigia o jornal da seção socialista em Turim.
Na primeira guerra mundial de 1914-18, alertou o movimento operário com a ideia de aderir à guerra ou opor-se a ela.
Gramsci não aceitava o fato de que os trabalhadores fossem transformados em "carne para canhão".
Infelizmente a história não muda.
Os comandantes não vão para a frente de combate. Ficam muito bem protegidos.
Em 1917 os operários pegam em armas para combater o militarismo italiano. Lógico, foram derrotados, mortos e feridos.
Assim Gramsci foi crescendo como dirigente desse movimento. Passou a fazer forte oposição à Mussolini, até sua prisão em 1926.
Dentro do cárcere.
Continuou com suas atividades intelectuais. Inclusive influindo nos demais detentos.
Como todo preso político, sofreu graves torturas e sofrimentos inenarráveis.
Continuou com seus estudos e cadernos de anotações, inúmeros. Foram preservados da destruição.
Vendo a gravidade da repercussão da prisão de Gramsci, Mussolini resolveu soltá-lo, diante de um pedido de clemência. Ele não concordou e logo após ser solto, morreu.
Estava tuberculoso e gravemente doente.
Destacamos que ele combatia o marxismo ortodoxo e o materialismo vulgar.
Era contra todo dogmatismo.
Ele desejava uma comunidade humana real e autêntica. Sabemos que isso até agora é uma grande utopia. Cada vez mais distante. Vivemos num mundo governado por mentes medíocres, sedentas por dinheiro e poder.
DESTAQUE: As idéias não morrem. Gramsci continuará influenciando todos os que visam uma sociedade mais justa e democrática.