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Vereador faz declarações homofóbicas sobre os próprios irmãos "a gente aceita, mas ninguém quer"

Falas são do candidato à presidência da Câmara dos Vereadores de Santa Cruz do Rio Pardo, Juninho Souza, do União Brasil

com informações do Marília Notícias

  • 01/11/24
  • 17:00
  • Atualizado há 3 semanas

O vereador de Santa Cruz do Rio Pardo, Juninho Souza (União Brasil), candidato à presidência da Câmara Municipal em 2025, gerou polêmica com declarações homofóbicas durante uma entrevista na rádio 104 FM, nesta quinta-feira, 31 de outubro. Juninho, que se apresenta como defensor de "princípios bíblicos", criticou relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo e expressou descontentamento ao falar sobre dois irmãos seus que são homossexuais. "Pergunte ao meu pai se ele é feliz com isso? Pergunte a qualquer pai ou mãe que tem filho que seguiu por esse caminho. A gente aceita, mas ninguém quer", afirmou.

Redes Sociais/Reprodução - Vereador Juninho Souza, do União Brasil - FOTO: Redes Sociais/Reprodução
Vereador Juninho Souza, do União Brasil - FOTO: Redes Sociais/Reprodução

Durante a entrevista, Juninho também criticou o posicionamento do colega Professor Duzão (Psol), cujo partido defende nacionalmente os direitos LGBTQIAPN+. Em suas palavras, ele declarou que "homem com homem e mulher com mulher é errado".

A repercussão negativa entre os ouvintes e internautas que acompanhavam a transmissão ao vivo levou o vereador a tentar amenizar o tom de suas falas. "Cada um faz o que quer da vida. Tenho muitos amigos homossexuais. É mais fácil eu me dar bem com eles do que com outros", comentou.

O vereador ainda mencionou valores familiares e a educação que recebeu desde a sua infância. "Tenho 15 irmãos, e nosso pai sempre explicou que homem com homem não é certo. A gente não abre mão de nossos princípios. Pergunte a qualquer pastor ou padre se eles abrem mão".

No Brasil, desde 2019, declarações homofóbicas são enquadradas como crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com penas de até quatro anos de reclusão, além da possibilidade de perda do mandato para autoridades que incitem discriminação.

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