Sindicato e Prefeitura fecham acordo temporário sobre insalubridade na UPA
Não está descartada possibilidade de greve
Sindicato e Prefeitura entram em acordo temporário sobre a questão da insalubridade dos funcionários que prestam serviço na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Estado de greve não está descartado.
A decisão da Prefeitura Municipal de Assis em cortar a insalubridade dos funcionários que prestam serviços na UPA provocou revolta nos servidores da saúde que pertencem ao quadro da Prefeitura que trabalham na unidade. O levante se encaminhou para uma proposta de greve a partir do dia 1º de julho, data de aniversário da cidade.
O que deflagrou a insatisfação foi a apresentação de um laudo de insalubridade contratado pelo prefeito Ricardo Pinheiro em 2014, quando estava no comando do CIVAP. O laudo começou a ser elaborado em agosto de 2014, com a UPA vazia, sem moveis, funcionários e usuários e serviu de parâmetro para o concurso efetuado pelo CIVAP.
"Porque Ricardo Pinheiro esperou cerca de 10 meses para fazer o corte da insalubridade?", perguntou um servidor.
Durante o processo da UPA, aconteceram vários debates na Câmara Municipal, reuniões com a Secretaria da Saúde, Prefeito Ricardo Pinheiro. "Eles garantiram; deram a palavra que os servidores que seriam deslocados para a UPA não sofreriam nenhuma perda salarial, inclusive, teriam mantida a insalubridade. Os vereadores da Câmara Municipal testemunharam essa palavra, essa promessa, que serviu para o encaminhamento da abertura do UPA", afirmou uma enfermeira.
O presidente do sindicato Paulo Tito lamentou essa quebra de palavra que provocou esse clima tenso.
"É uma situação desagradável quando um administrador público não cumpre com sua palavra, com o prometido. Espero que reveja a situação. Muito lamentável", comentou.
No final da tarde desta segunda-feira, 22, uma reunião entre a assessoria do Sindicato e Procurador Jurídico do Município trouxe um alento para os servidores, porém, apenas temporário, com um pedido na Justiça para a elaboração de um outro laudo.
"Isso é apenas temporário, porque o prefeito quer e irá tirar a insalubridade, mesmo dando sua palavra que isto não aconteceria. Temos uma assembléia marcada para o dia 30, e, então vamos definir os rumos do movimento. Não está descartado um estado de greve permanente, com reuniões semanais sobre o caso. Ainda vai ter muito barulho, porque a confiança foi quebrada", finalizou o presidente.