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Serviço de pediatria no HRA será reduzido e funcionários dispensados

53 funcionários da FAMAR trabalham somente até as 7 horas desta quarta-feira, 1º de julho, no HRA

Redação AssisCity

  • 30/06/15
  • 14:00
  • Atualizado há 491 semanas

Assis está prestes a completar 110 anos de emancipação política e administrativa, no entanto a população que assistiu à Sessão da Câmara Municipal de Assis de ontem, 29, foi pega de surpresa com uma notícia nada agradável. O vereador Alexandre Cobra Cyrino Nicoliello Vêncio, mais conhecido como Alexandre Cachorrão, apresentou um documento de funcionários da FAMAR (Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília) alegando que eles não poderão mais exercer suas funções regularmente, tendo em vista que o Governo Estadual rompeu o prazo que era até o dia 28 de agosto para que eles trabalhassem nas UTIs pediátricas e neonatais do Hospital Regional de Assis (HRA), ocasionando deste modo em abarrotamento no atendimento do local.

De acordo com o vereador Alexandre Cachorrão, do PSD, a atitude do prefeito Ricardo Pinheiro Santana ao gravar vídeo nas redes sociais e mostrar a toda imprensa e população que os serviços das UTIs neonatais e pediátricas seriam mantidos sem acarretar prejuízo algum à população de Assis e região, que dependem destes serviços de suma importância, foi leviana, pois em um comunicado dos funcionários da FAMAR, empresa terceirizada prestadora de serviços no HRA, veio à tona a triste notícia de que eles vão trabalhar até às 7 h do dia 1° de julho, pois o contrato de trabalho está sendo rompido sem justificativa prévia.

"A diretoria do HRA não procura os vereadores para falar sobre o caso das UTIs pediátricas e neonatais. Eles falam diretamente com o prefeito em seu gabinete e a população constantemente nos cobra sobre isso. A gente fica sem saber da real situação, mas ontem os funcionários da FAMAR me apresentaram um documento explicando a situação pela qual eles estão passando. Amanhã, até às 7 horas, será o último dia de trabalho deles aqui. São 53 funcionários capacitados que estão ficando desempregados, e aí me pergunto, como continuarão os serviços destas UTIs que atendem crianças de 27 municípios da região?", conta.

O fechamento das UTIs pediátricas e neonatais do HRA está em xeque há algum tempo, pois desde o início do ano existem rumores do possível fechamento do serviço de pediatria no referido Hospital para conter gastos do Governo do Estado.

Diante disso, no dia 30 de abril os funcionários da FAMAR foram avisados pela médica Elizabeth Salgado, que é diretora do HRA, de que o serviço seria encerrado definitivamente e estes funcionários terceirizados seriam dispensados.

A notícia ganhou notoriedade em toda a região por meio da imprensa, em contraponto do noticiado de que o serviço seria mantido por mais três meses até o dia 28 de agosto com a manutenção dos funcionários da FAMAR. Assim, teriam um tempo a mais para procurar um novo emprego, ou ainda existiria a possibilidade de assinar um novo convênio ou a realização de um novo concurso para contratação de novos profissionais, de modo que o serviço não seja prejudicado.

Entretanto, os servidores da FAMAR foram surpreendidos pela diretora do HRA e pela vice-prefeita do Município, Lenilda Ramos dos Santos, nos dias 11 e 15 de junho respectivamente, quando falaram sobre o término do convênio já no dia 30 de junho.

"O serviço de pediatria no Hospital Regional é de suma importância. Essa redução de gastos não tem cabimento algum; a população vai sofrer com isso. Os funcionários da FAMAR me informaram que quatro leitos da UTI pediátrica e dois da neonatal serão fechados, e que os médicos do atendimento de clínica geral atenderão na ala de pediatria. Convoco a diretoria do Hospital Regional de Assis e o senhor prefeito Ricardo Pinheiro Santana a explicar a situação a toda à população na próxima Sessão da Câmara", disse Alexandre.

O Hospital Regional de Assis possui doze leitos de UTI pediátrica, e de acordo com Alexandre cogita-se fechar quatro destes leitos, o que resultaria em uma perda de 1/3 deste serviço, sem contar ainda no possível fechamento de dois leitos da UTI neonatal e dos funcionários desempregados.

Vereador Alexandre Cachorrão

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