Casa é incendiada, bebê morre carbonizado e mãe está em estado grave
Duas pessoas estão internadas em estado grave no Hospital Regional
Uma tragédia familiar culminou na morte da menina Maria Eduarda Andrade dos Santos, de 1 ano, que morreu em um incêndio na sua casa Rua Cardoso de Melo, n° 273, Vila Glória, em Assis, por volta das 7 horas, deste sábado, 21. O pai da criança, um homem de 29 anos, está detido no Plantão Policial suspeito de ter ateado fogo na residência, apesar de negar o crime à reportagem.
A sogra do indiciado de 44 anos e a esposa dele de 23 anos estão internadas em estado grave no Núcleo de Atendimento Referenciado (NAR), do Hospital Regional de Assis (HRA).
De acordo com o Boletim de Ocorrência elaborado no Plantão Policial, a vizinha, uma das testemunhas do caso, informou que o casal e a sogra brigavam com frequência, e o uso de drogas ilícitas e álcool era constante. Diante dos seus relatos e do que foi apurado no local dos fatos, o delegado plantonista, Luiz Antônio Ramão, decretou prisão por homicídio duplamente qualificado, podendo ficar recluso por um período de 12 a 30 anos.
"O casal tem outros três filhos, que conseguiram sair da casa com a ajuda dos vizinhos, enquanto isso, o indiciado estava fora da residência; a Polícia Militar o trouxe para o Plantão Policial. Quando os bombeiros chegaram, foi encontrada uma criança de um ano morta, a qual ficou carbonizada", relata o delegado.
O Sargento do Corpo de Bombeiros de Assis, Matheus do Carmo, relata que os esforços da brigada era resgatar a criança com vida, mas lamenta que ela foi encontrada morta.
"Recebemos a informação de que havia uma criança no imóvel, a encontramos sem vida na sala, o local já está seguro; a casa ficou toda comprometida, e controlamos para que não atingisse a residência ao lado. Agora a perícia da Polícia Civil investigará o caso", disse o bombeiro.
A reportagem do AssisCity conversou com o indiciado que nega a autoria do crime.
"Ela (a sogra) disse que de uma certa forma iria se vingar, estávamos dormindo quando ela chegou, jogou alguma coisa, um objeto para o fogo se expandir, deu tempo de socorrer a minha mulher e as crianças, o bebê estava no fundo, escutei uma criança chorando, e não acreditava que era a minha filha, não dava para encarar o fogo e retornei, na hora que retornei não dava mais tempo. É ela, com certeza, nem sei porque estou preso, queria se vingar de todos nós. Não fizemos nada, ela matou o marido, e agora matou a neta e a filha pode morrer. Nunca faria isso, nem sei porque estou preso. Pergunte a vizinhança", se defende.
O acusado será encaminhado para a Cadeia Pública de Lutécia. As outras três crianças foram encaminhadas para o Conselho Tutelar, a reportagem procurou o órgão, mas não obteve sucesso.