Brasil em Davos: investidores no Fórum Econômico Mundial
COLUNISTA - Elisa Barbosa
Em meados de janeiro, representado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pela Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o Brasil participou da mesa de negociação internacional em Davos, durante os cinco dias do Fórum Econômico Mundial.
Apesar de ter se isolado durante os últimos anos, a participação do Brasil foi sólida e equilibrada. Haddad garantiu aos investidores que planeja uma reforma tributária ainda este ano, ciente de que deve haver regras para garantir que os gastos do governo não explodam. Já Marina declarou que a agricultura brasileira poderia produzir três vezes o que produz hoje sem cortar uma única árvore.
Mesmo com temores de uma crise institucional após os ataques democráticos em 8 de janeiro em Brasília, segundo Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do conselho administrativo do Bradesco, o Brasil está em uma situação favorável.
A participação dos dois ministros mais importantes do gabinete de Lula foi convincente porque não houve promessas, o que ocorre erroneamente com novos governos em Davos. Aliás, o clima geral não é para quaisquer promessas: a Europa passa pela guerra na Ucrância, inflação, desenvolvimento econômico da China e as crescentes tensões geopolíticas.
O Brasil participou do evento sob o título: "Brasil: um novo roteiro". O país agora tem que provar que vai de fato trilhar um novo caminho, o que, dada a oposição política, não será fácil.